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Opinião

Disciplina: como mantê-la firme e forte

19 junho 2018 - 09h34Sálua Omais

Equilibrar a preguiça, a desorganização com o hábito de uma rotina mais regrada e constante, é um dos grandes desafios do ser humano. Envolve uma capacidade em gastar energia em direção a um objetivo, de modo consistente e repetitivo, e por isso, a capacidade de ter disciplina depende de diversos fatores, que não são somente emocionais, mas que envolvem costumes, cultura, hábitos familiares, crenças, educação e até também a disposição física.

Os pensamentos certamente podem nos sabotar em alguns momentos, tendo em vista que sempre haverá dias em que não teremos mais vontade de continuar, ou de que não vale a pena sofrer tanto. O foco em direção a um objetivo, é essencial para evitar essas distrações e tentações ao longo do processo. É importante saber que em muitos momentos temos sim que fazer atividades mesmo sem vontade. A motivação é essencial, mas é sempre bom manter em mente que ela pode não surgir em todos os momentos da vida, tendo em vista que imprevistos acontecem, e é nessa hora que é preciso agir, ao invés de esperar por ela.

O tempo é uma das velhas desculpas que a maioria das pessoas usa para justificar a falta de disciplina, quando na verdade ele existe, porém infelizmente, nos dias de hoje, é muito mal utilizado. O tempo é uma ferramenta que é dada de forma igual para todos: 24 horas. No entanto, alguns conseguem multiplica-lo de forma incrível, enquanto que outros, parecem ter um dia menor do que o normal.

Um fator que nos ajuda com a disciplina, é ter um compromisso forte, algo que seja significativo o suficiente para passar na frente de todas as outras atividades que fazemos normalmente, tornando-se realmente uma prioridade. Esse motivo deve ser também forte o suficiente para superar os desejos e gratificações mais imediatas, em prol de algo que pode demorar um pouco mais para chegar, mas que irá trazer benefícios maiores.

A disciplina envolve um bom planejamento, algo realista, que possa ser alcançado conforme as suas condições do momento, e não necessariamente algo grandioso a ponto de se tornar um fardo. É possível ainda “convidar” as pessoas ao nosso redor a agir da mesma maneira e manter hábitos semelhantes aos nossos. Isso nem sempre é fácil ou possível, é verdade, porém, manter um hábito se torna mais fácil quando existe uma parceria que possa nos animar nos momentos de desânimo, e trazer a motivação de volta. Muitas vezes, até mesmo a competitividade, dentro de um certo patamar não patológico, pode contribuir para motivar pessoas a manter a constância do hábito e da disciplina.

Diversas pessoas desistem de seus objetivos porque, ao invés de valorizarem pequenas ações já realizadas, o foco se mantém no “quanto” ainda precisa ser feito para se chegar à reta final, ou então, no longo tempo que ainda falta para se chegar lá. São aqueles que olham para o que falta, ao invés de olhar para o que já foi feito. E olhar para o que falta, pode não ser a melhor estratégia para se alcançar o que deseja, mas sim uma fonte eterna de insatisfação.

Sálua Omais é Psicóloga e Palestrante, com Mestrado em Psicologia da Saúde e Saúde Mental, Master Coach e Master Trainer em Psicologia Positiva, Neurossemântica e PNL. É titular do site www.psicotrainer.com.br onde escreve artigos diversos sobre Psicologia Positiva, Coaching e Inteligência Emocional.

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