Milho teve safra recorde (Foto: Semagro )Os produtos do agronegócio foi responsável por 90% das exportações de Mato Grosso do Sul, o setor somou US$ 6,9 bilhões no acumulado de janeiro a novembro de 2022. Os dados foram obtidos com base em análise feita na Carta de Conjuntura da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar).
Ainda conforme o levantamento, dos 12 principais produtos exportados pelo Estado, de janeiro a novembro deste ano, os sete primeiros são da cadeia produtiva do agronegócio.
Com safra recorde próxima de 12 milhões de toneladas, o milho foi a vedete em crescimento na balança de exportações do agronegócio sul-mato-grossense neste ano, com um aumento de 667,13%.
Em valores, Mato Grosso do Sul exportou US$ 585,5 milhões de janeiro a novembro. Já em volume foram 2,8 milhões de toneladas comercializadas ao exterior.
O uso de tecnologia e variedades nas lavouras, foi o que motivou o milho a alcançar o resultado, apesar dos problemas de clima a produtividade do milho safrinha chegou a 96 sacas por hectare, o dobro do ano passado, quando saíram dos campos estaduais 47 sacas por hectare.
O secretário Jaime Verruck, da Semagro, atribui a força do agronegócio com o avanço dos preços das commodities, a agroindustrialização e o investimento público. Ele acrescenta que o Estado é tradicional exportador de grãos para os estados do sul do País, mas a mudança na matriz econômica está impactando em maior consumo interno dos grãos.
“Temos projetos de ampliação da agroindustrialização, como duas usinas processadoras de etanol de milho, uma já em operação em Dourados e outra em Maracaju. Isso sem contar a expansão na produção de suínos e aves, que também consomem o milho na fase da engorda”, salientou.
Outros produtos
A soja manteve no ano o protagonismo em valores de exportação com mais de US$ 2 bilhões obtidos até novembro, ou o equivalente a 26,7% do total exportado pelo Mato Grosso do Sul. No entanto, em termos de receita houve um recuo de 8,57%. O segundo produto da pauta foi a celulose com 18,24% de participação na balança e US$ 1,3 bilhões de receita.
Já o setor de carne bovina registrou aumento de 30,7% nas vendas externas de janeiro a novembro, com US$ 1,1 bilhão negociados. Já em carne de aves foram US$ 344,6 milhões exportados no ano.
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