Frente a resposta do Brasil para o tarifaço de 50% nas importações dos produtos brasileiros ao mercado dos Estados Unidos que valerá a partir de 1° de agosto, a União Nacional da Pecuária (UNP), formada por seis entidades regionais tranquiliza o alarde para o setor que deve ter "impacto limitado".
O mercado norte-americano não é o maior, ou um dos maiores compradores de carne do Brasil, conforme nota da UNP, em 2024, pouco mais de 2% da produção nacional de carne bovina teve como destino os Estados Unidos. "Esse volume pode ser redirecionado com relativa facilidade, sem prejuízos relevantes ao setor".
Taxar esses produtos prejudicaria o comércio dos Estados Unidos que enfrenta diminuição de seus rebanhos. "A carne brasileira atende exatamente à composição necessária para a produção de hambúrgueres e almôndegas, alimentos-base do consumo norte-americana"
No entanto, indiretamente, indústrias que seriam as maiores prejudicadas poderiam pressionar a queda do valor da arroba, uma prática considerada inaceitável.
"Diante desse cenário, acreditamos que o Brasil possui sólidos argumentos técnicos e comerciais para negociar a redução ou suspensão da tarifa. Espera-se, portanto, uma atuação firme e estratégica do governo brasileiro na defesa do setor. Reiteramos ainda a importância de acelerar a abertura de novos mercados, ampliando os destinos da carne brasileira e assegurando o escoamento da produção. Por fim, reforçamos que o atual contexto internacional não pode ser utilizado como pretexto para manipular o mercado interno e desvalorizar a arroba do boi. O produtor brasileiro precisa de estabilidade e valorização".
Assinam a nota da União Nacional da Pecuária (UNP), a Associações dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associações dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Associação dos Criadores do Pará (Agripara), Associação dos Pecuaristas de Rondônia, Associação Novilho Precoce do Tocantins e Associação Nacional dos Confinadores (Assocon).
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