Eleito presidente do Sindicato Rural de Campo Grande (SRCG) em fevereiro deste ano, o produtor rural Alessandro Oliva Coelho, de 48 anos, conta que assumiu a entidade com vários desafios, sendo o principal, construir um novo sistema representativo dos produtores rurais. Em entrevista alusiva ao Dia do Agricultor, celebrado em 28 de julho, Alessandro diz que o agronegócio tem conquistado seu espaço a cada ano, com segurança jurídica e reconhecimento, e tem condições de avançar ainda mais nos próximos anos.
“Queremos aumentar o número de associados, prestar serviços que atendam às necessidades dos filiados, além de apresentar ideias e soluções para o produtor. Todos estão em andamento, construídos em conjunto com nossos associados”, afirma o presidente da casa rural, que soma mais de seis anos na diretoria do sindicato em Campo Grande.
“Anteriormente, estive por mais de 10 anos participando de forma ativa nos projetos dirigidos pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul). Sempre me importei com a classe e propus ações que melhorassem o cenário da agropecuária, com ações que impactam todos os portes de produtores - pequenos, médios e grandes”, comenta Alessandro.
Questionado sobre as principais conquistas do setor nos últimos anos, ele diz que o emprego de tecnologias e a ausência de doenças, como a aftosa, nos colocam em patamares maiores, dando oportunidade de atingir novos mercados. “Além disso, agora temos um Governo voltado para o agronegócio, com uma ministra que é daqui, que é produtora e conhece a realidade, o dia a dia e os desafios de quem produz nesse país. Temos muitas condições de avançar ainda mais nos próximos anos”.
Em relação ao Plano Safra, lançado no início deste mês, o presidente do SRCG acredita que o aporte de R$ 8,2 bilhões para Mato Grosso do Sul vai garantir o desenvolvimento da produção e, consequentemente, aumentar a competitividade dos produtos. “O Governo Federal deixou claro que quer incentivar os pequenos e médios produtores, aumentando as condições para que eles cresçam com qualidade. Esse cenário proporciona mais competitividade para os produtos sul-mato-grossenses, principalmente no mercado externo”, avalia.
Alessandro frisa que, no Plano Safra 2019/2020, o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) recebeu R$ 31,22 bilhões para custeio, comercialização e investimentos com taxa de juros de 3% ao ano. “Esse recurso é destinado a financiar as pequenas culturas, justamente aqueles pequenos produtores que queremos auxiliar com informações e serviços de qualidade”.
Produção da agricultura familiar movimenta economia da capital
“Campo Grande produz hortifrútis, leite, mel, ovos, tudo oriundo da agricultura familiar. Essa produção movimenta a economia da capital, porque é um dinheiro que fica no município, que gera emprego e renda e pode crescer de forma exponencial, tendo em vista a grande quantidade de produtos de outros estados que vêm para abastecer nossos lares”, afirma o presidente da casa rural.
Segundo ele, o sindicato trabalha, juntamente ao Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural), Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia) e Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), para fomentar essas atividades, que planejadas adequadamente, representam “excelente fonte de renda aos pequenos produtores e fonte alternativa aos médios produtores, além de auxiliar o nosso consumidor, produzindo alimentos de qualidade, com logística vantajosa”.
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Alessandro Coelho quer sindicato auxiliando os produtores por meio de ideias e soluções (Assessoria/Divulgação)



