A rede de computadores da Justiça Eleitoral será bloqueada das 20h de hoje (1º) às 6h da próxima segunda-feira (3) por medida de segurança. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a prática também foi adotada em eleições anteriores. Apenas algumas áreas do portal do TSE ficarão disponíveis para os usuários.
“A medida visa aumentar a proteção à rede, mitigando possíveis invasões para prover a segurança da totalização dos votos”, informou a Justiça Eleitoral, em nota.
Ao digitar o endereço www.tse.jus.br, o eleitor será enviado a uma página com os serviços da Justiça Eleitoral mais procurados pelos cidadãos, como consulta ao local de votação, consulta à situação eleitoral, informações sobre justificativa eleitoral, resultados das eleições (a partir das 17h de domingo), dados dos candidatos, Disque-Eleitor e as últimas notícias sobre as eleições.
Com a configuração das ferramentas de defesa da rede para o nível máximo de proteção, os computadores da Justiça Eleitoral serão impedidos de acessar a internet. Além disso, os e-mails que forem enviados para ambiente externo ou que forem enviados à Justiça Eleitoral a partir de fora ficarão retidos em ambiente seguro.
Depois de restabelecida a conexão entre as redes, as mensagens desse período serão entregues aos usuários. Apenas os e-mails trocados entre o TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) não sofrerão bloqueio.
Ataques
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Giuseppe Dutra Janino, disse à Agência Brasil que, em eleições passadas, o site do tribunal e o sistema de troca de informações com os tribunais regionais já chegaram a sofrer mais de 200 mil tentativas de ataques de hackers por segundo.
Neste ano, de acordo com o secretário, o número caiu para duas ou três tentativas por dia. Janino explicou que o sistema, por onde passam dados sobre as eleições, é monitorado para evitar ataques. “Temos um núcleo que estuda a intensidade desses ataques e tem mecanismos para neutralizá-los. Então, muitas vezes há medidas preventivas para que esses ataques não sejam mais fortes”, disse.
Além disso, as informações são criptografadas para impedir a visualização ou alteração dos dados, e há vários mecanismos de segurança. “Tudo que trafega dentro do ambiente interno é criptografado e assinado digitalmente. Mesmo que os hackers conseguissem adentrar esse ambiente, não conseguiriam ver muita coisa.”
Segundo o secretário, o máximo que um hacker conseguiria fazer seria uma alteração na página da internet, deixando alguma mensagem, por exemplo. “O feito seria moral, como pichar uma página, e não teria resultados ou impactos significativos, seria mais com relação à imagem e não alteração de qualquer dado do sistema”, disse.
Janino destacou que a urna eletrônica não fica ligada à internet em nenhum momento, o que impede que o sistema de segurança da votação seja atacado. Para o secretário do TSE, os questionamentos sobre a confiabilidade da votação eletrônica ocorrem por falta de conhecimento sobre o sistema. “Temos um processo eletrônico de 20 anos de utilização. Não existe sequer um registro de fraude até hoje. Isso é fato. É realidade. Todas as suspeições levantadas foram devidamente investigadas por instituições independentes, por peritos da Polícia Federal”, argumentou.
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