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Brasil

Vale alterou dados sobre lama em barragem após tragédia

Relatórios entregues foram adulterados, diz PF

31 maio 2016 - 09h00Yahoo Notícias

Após a tragédia de Mariana(MG), a Vale adulterou dados sobre o volume de lama que ela própria jogava na barragem de Fundão, que rompeu em novembro de 2015e deixou 19 mortos.

A Vale, ao lado da BHP Billiton, é uma das donas da Samarco, mineradora responsável pela barragem. Segundo relatório da Polícia Federal obtido pelo jornal Folha de S. Paulo, a empresa mudou relatórios para confundir as investigações.

A mineradora gerava na região do desastre dois tipos de rejeitos: lama, que era destinada à estrutura da Samarco, e arenosos, que iam para o reservatório de Campo Grande. 

No mês seguinte à ruptura da barragem, que, além das mortes, poluiu o rio Doce ao longo de MG e ES, a Vale modificou em documentos oficiais informações sobre o teor de concentração do minério que produzia em Mariana. Com isso, o volume de lama lançado em Fundão (barragem que rompeu) ficou menor do que o informado inicialmente pela empresa.

A elevada quantidade de água presente nos rejeitos depositados na estrutura é considerada pela polícia como uma das causas da ruptura.

A empresa alterou, segundo o informe da PF, os últimos cinco RALs (Relatórios Anuais de Lavra) que havia enviado ao DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), órgão da União. Os dados sobre a quantidade de minério produzido anualmente, porém, foram mantidos.

Em nota, a Vale admite as alterações, mas diz que foram “correções” e que agiu com transparência nas apurações.

O objetivo das mudanças, porém, era “iludir as autoridades fiscalizadoras”, segundo o documento da polícia.

Segundo um informante denunciou à polícia, seria vantajoso para a Vale tentar se isentar da responsabilidade trocando os dados porque as multas por essas alterações giravam em torno de R$ 2.600, valor irrisório perto do lucro da mineradora.

Em dezembro, a mineradora fez os fiscais esperarem duas horas pela chegada de um técnico, que não apareceu. Por isso, acabaram sendo recebidos por um geólogo. “Estranhamente ele não possuía nenhuma informação por nós requerida”, escreveram os servidores em relatório obtido pela Folha. 

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