Funcionários do Hospital El Kadri, localizado na Rua Doutor Arthur Jorge, no Centro de Campo Grande, denunciam que estão com os salários atrasados. Segundo relatos de trabalhadores, que preferem não se identificar, o pagamento deveria ter sido realizado no dia 5 de maio, mas até esta quarta-feira, 15, o depósito ainda não foi feito.
O JD1 Notícias teve acesso a uma comunicação interna da nova gestão do hospital, intitulada “CI/INST N.º 01/2025”, que confirma a existência de uma crise financeira na unidade. No comunicado, a administração admite o atraso e explica os motivos da dificuldade.
"Informamos que, neste mês, estamos enfrentando um atraso no pagamento da folha salarial. O mercado de saúde no Brasil atravessa um cenário desafiador, que tem impactado diretamente a nossa operação. Nesse contexto, algumas operações credenciadas também enfrentam dificuldades e não têm conseguido cumprir integralmente seus cronogramas de pagamento, o que comprometeu temporariamente o nosso fluxo de caixa. Estamos tratando a situação com prioridade máxima e trabalhando para regularizar os pagamentos o mais breve possível", diz trecho do documento.
A nota continua: "Como já comunicado anteriormente, uma nova gestão assumiu o hospital neste mês, com o firme compromisso de adotar as medidas necessárias para que episódios como este não se repitam. Pedimos sinceras desculpas pelos transtornos causados e reconhecemos o impacto que essa situação pode gerar no dia a dia de todos. Agradecemos, profundamente, pela compreensão, pelo compromisso e pela dedicação de cada um, especialmente neste momento de tantos desafios. Seguimos confiantes de que, juntos, faremos do hospital uma referência em saúde para Campo Grande."
Outro lado – Procurado pela reportagem, o diretor do Hospital El Kadri, Omar Kamal El Kadri, afirmou: "Estamos bastante confiantes que no máximo até amanhã colocaremos todos em dia." Segundo ele, a situação será normalizada.
“Existe um novo investidor. Foram feitas todas as diligências para o aporte financeiro e só falta registrarmos os contratos. Houve um atraso de cronograma também. Mas o mais importante é que dependíamos do repasse de outra rede hospitalar para pagar a nossa folha. Essa rede (planos de saúde) e outras não repassaram na data certa”, explicou.
Ainda de acordo com Omar, parte dos trabalhadores já recebeu. "Mais de 50% dos funcionários já foram pagos", afirmou. “Falta a outra parte que dependia do repasse dos convênios. Nós dependemos deles para pagar nossas contas. Infelizmente, eles atrasaram. E desviamos recursos de investimentos necessários para começar a pagar os funcionários”, completou.
Omar também informou que o hospital entrará em uma nova fase com a chegada do investidor. “Vamos reformar 50% do hospital numa primeira fase e, a partir do mês que vem, não vão mais ocorrer atrasos de pagamentos de colaboradores”, garantiu. Ele disse ainda que a intenção é resolver toda a situação “o mais rápido possível”.
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