O bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul avança na implementação de sua própria plataforma de liquidação financeira, o BRICS Pay, com o objetivo de reduzir o uso do dólar nas transações entre os membros.
A iniciativa é considerada um dos movimentos mais ambiciosos do grupo para fortalecer sua posição no comércio global e diminuir a vulnerabilidade a sanções de potências ocidentais.
O que é o BRICS Pay
O BRICS Pay será um sistema descentralizado de mensagens e liquidação financeira, permitindo pagamentos internacionais diretamente nas moedas locais dos países participantes — real, yuan, rúpia, rublo e rand.
Diferente de uma moeda única, o sistema visa facilitar o uso integrado das moedas nacionais, sem a necessidade de conversão para o dólar ou euro.
Inspirado em modelos já adotados pela China e Rússia, o sistema conectará bancos centrais e instituições financeiras do bloco, garantindo maior segurança e agilidade nas operações de exportação e importação.
Motivações para reduzir o uso do dólar
Desde a Segunda Guerra Mundial, o dólar domina o comércio internacional, respondendo por cerca de 84% das transações globais.
Esse domínio permite aos Estados Unidos aplicar sanções financeiras e aumentar custos de operação para empresas estrangeiras. Para os países do BRICS, a dependência do dólar representa riscos econômicos e políticos, além de reduzir a competitividade de exportações em períodos de instabilidade.
Impactos para o Brasil
A adesão ao BRICS Pay pode trazer benefícios como:
Redução de custos cambiais: exportadores receberiam diretamente em moedas estrangeiras, convertendo para reais com menor perda.
Diversificação de mercados: facilitaria negociações com países como Irã e Emirados Árabes Unidos.
Fortalecimento da autonomia econômica: diminuição da exposição ao dólar reduz riscos ligados a disputas comerciais ou sanções.
Desafios do projeto
Especialistas alertam para obstáculos como a necessidade de infraestrutura tecnológica robusta, volatilidade cambial das moedas emergentes, adesão do setor privado e pressões geopolíticas externas, especialmente de EUA e União Europeia.
JD1 No Celular
Acompanhe em tempo real todas as notícias do Portal, clique aqui e acesse o canal do JD1 Notícias no WhatsApp e fique por dentro dos acontecimentos também pelo nosso grupo, acesse o convite.
Tenha em seu celular o aplicativo do JD1 no iOS ou Android.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Varejo brasileiro deve crescer 3,66% em 2026, aponta CNC

Anac aprova venda do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro/Galeão

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 3 nesta sexta

Vendas no comércio voltam a ganhar fôlego e crescem 0,5% em outubro

Beneficiários com NIS final 2 recebem Auxílio Gás nesta quinta-feira

CCJ do Senado aprova fim da escala 6x1 e prevê jornada de 36h semanais

Governo confirma salário mínimo de R$ 1.621 em 2026

Brasileiros preferem presentes à transferência bancária, aponta pesquisa

Brasil registra recorde com 4,6 milhões de pequenos negócios em 2025








