No primeiro de dia da greve dos Bancários de Campo Grande e Região, ontem, a adesão foi de 69% de todos os trabalhadores ativos, números contabilizados na avaliação do comando da greve na Capital no final da tarde. Do universo de 2.500 bancários, 1.650 cruzaram os braços e das 100 agências, 69 não funcionaram na terça-feira, dia 27.
O comando da greve avalia como positiva esta situação, em função da paralisação estar apenas começando e mesmo aqueles bancários que foram trabalhar e aquelas agências, muitas delas fora do centro da cidade, que não foram alcançadas pelo movimento grevista, a partir de amanhã, este número pode mudar.
"Esperamos que a força da greve faça com que os bancos apresentem uma proposta que garanta emprego decente aos bancários. Com lucros acima de R$ 27,4 bilhões obtidos somente no primeiro semestre deste ano, os bancos possuem todas as condições de atender as reivindicações da categoria, de modo a valorizar o trabalhador, distribuir renda, reduzir desigualdades e contribuir para o desenvolvimento do país", avalia Iaci Terezinha Azamor, presidente do Sindicato dos Bancários de Campo Grande.
A greve aprovada pela categoria, no último dia 22, teve a chance de não acontecer, na sexta-feira, quando mais uma rodada de negociação foi realizada com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos), na esperança de haver uma melhora na proposta anterior que foi de 7,8% sobre todos os itens econômicos da pauta de reivindicação. Ao invés disso, os banqueiros menosprezaram a categoria, oferecendo apenas 8% de reajuste, ou seja, apenas 0,56% de aumento real, ficando muito aquém do que a categoria deseja nesta negociação, que é uma reivindicação de 12,8% de reajuste (sendo 5% de ganho real mais a inflação do período). Além de lutar por um índice reajuste de 12,8%, a categoria reivindica ainda o fim da rotatividade nos postos de trabalho, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral, mais segurança, igualdade de oportunidades e inclusão bancária sem precarização, dentre outros itens.
Sabendo dos transtornos que isso causaria a população, os bancários estão nas portas dos bancos explicando os motivos da greve e pedindo apoio e a compreensão dos clientes e usuários, que sofrem com as altas taxas de juros, as tarifas exorbitantes, as filas intermináveis pela falta de funcionários, a insegurança e a precarização do atendimento bancário.
Reportar Erro
Deixe seu Comentário
Leia Também

Ferramenta do BC bloqueia 6.879 tentativas de abertura de conta falsa

Cartão de crédito lidera endividamento em Campo Grande, atingindo 68% das famílias

MS fecha parceria com Google para usar IA na educação, saúde, segurança e agronegócio

Receita alerta para falsas cobranças com nome e CPF do contribuinte

Consumidores da Capital terão 'Campanha Nome Limpo' para quitar contas de luz em atraso

Economia brasileira cresce 0,1% no terceiro trimestre

Levantamento da CNC aponta recuo do individamento das famílias em novembro

Mesmo com conta barata em dezembro, Energisa alerta para 'alto consumo' nas férias

Lideradas pelo cartão de crédito, compras natalinas devem movimentar R$ 194 milhões


Greve continua em Mato Grosso do Sul 



