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Cabeleireira perde filhos para ex-marido e o acusa de violência

Acusado nega denúncias feitas pela ex-mulher e disputa vai parar na Justiça

11 janeiro 2021 - 17h48Brenda Assis

A cabelereira Fernanda Amorim, 36 anos, tem passado por momentos difíceis desde o termino do relacionamento conturbado com o bacharel em direito Alessandro Guimarães de Oliveira, 49 anos. Mesmo quatro anos após o fim do relacionamento, ela diz que Alessandro não aceita que ela se envolva afetivamente com outras pessoas.

“Ele disse pra mim mais de uma vez que não aceita que eu seja casada ou namore outra pessoa até que as crianças cresçam”, disse Fernanda ao JD1 Notícias. Eles tiveram dois filhos juntos, uma menina de 5 anos e um menino de 3 anos. A última decisão judicial foi a favor de Alessandro, onde ele obteve a guarda integral das crianças. “Eu tenho medo do que ele possa fazer a mim, ao meu marido e aos meus filhos. O Alessandro não respeita a justiça, quem me garante que ele vai respeitar os próprios filhos ou a mim?”, continua ela.

A luta de Fernanda ganhou repercussão nas redes sociais depois de uma postagem feita por ela no Facebook, onde ela explica toda a história. “O agressor não aceitava que eu me relacionasse com outra pessoa, continuava me perseguindo e invadiu minha casa por 3 vezes, aonde jurava me matar, me xingava de tudo na frente dos meus filhos, mesmo eu com medida protetiva, e por tantos descumprimentos, ele acabou cumprindo medida cautelar ficando em regime fechado por um tempo, depois teve que usar um dispositivo eletrônico por 90 dias.”, diz um trecho do texto.

Em outubro de 2020, após procurar a Defensoria Pública de Campo Grande, eles passaram por uma “audiência de justificação” e foi durante essa audiência que Fernanda perdeu a guarda compartilhada das crianças. “Ele apresentou áudios de uma briga que teve com meu marido, boletim de ocorrência do sistema da polícia – SIGO – onde, não sei como, ele teve acesso. Alegou diversas vezes que meu marido era perigoso e ninguém disse nada, a juíza e o defensor que estavam lá ficaram calados vendo ele falar. Depois de um destemperamento meu, onde eu gritei ‘será que para eu ter paz vou ter que ir embora daqui?’, a juíza decidiu dar a guarda integral das crianças pra ele”, conta ela.

Em vídeos enviados aos JD1 Notícias e usados na publicação de Fernanda, as crianças aparecem chorando e dizendo que não veem o pai a mais de uma semana. “A quanto tempo você não vê seu pai”, pergunta Fernanda a filha de 5 anos, “tem 11 dias, ele não veio 3 dias porque está com dor de dente”, responde a criança.

Outro vídeo apresentado mostra o momento em que as crianças estão sendo levadas por um oficial de justiça e o advogado de Alessandro, após Fernanda descumprir uma decisão judicial e manter as crianças com ela, em um trecho do texto publicado na internet ela fala um pouco a respeito. “Mas até hoje não apareceu, dia 29/12/2020, não entreguei mais as crianças por que já faziam umas duas semanas que as crianças reclamavam para mim, pai não buscavam mais eles na casa da avó, lugar onde era para ser apenas territorial, se tornou moradia deles, mesmo guarda sendo do pai estava sob os cuidados da avó paterna, ou seja, o pai não está exercendo a guarda”, relata Fernanda no texto. A continuação diz ainda que a idosa, de 70 anos, é mãe de um filho deficiente com paralisia cerebral com 30 anos de idade, que depende de cuidados especiais 24 horas por dia, por isso a idosa não teria tempo e nem condições para cuidar das crianças.

“A justiça concede ao agressor a busca e apreensão das crianças, vindo à minha casa 07 horas da manhã, um oficial de Justiça, o advogado dele e dois policiais, para tirar meus filhos de mim, eles estavam dormindo ainda, e sem dó nem piedade levaram meus filhos de mim, minha filha esperneou muito, não queria ir, o outro chorando, minha filha pedia gritando aos prantos para me dar um beijo e não deixaram, puxaram ela pelo braço machucando-a, eu fiquei em choque e ainda estou”, continua ela ainda falando sobre o dia em que a Justiça buscou as crianças. “Eu fiquei em choque e ainda estou, nunca vou desistir de lutar pelos meus filhos, eu tenho muito medo dele fazer algo com meus filhos por vingança, temo pela minha vida e do meu companheiro também”, finaliza Fernanda.

A outra versão

O bacharel em direito Alessandro Guimarães de Oliveira, 49 anos, conversou com o JD1 Notícias e disse que seus filhos e ele estão sendo vítima de uma exposição desnecessária por parte da Fernanda. Ele nega todas as acusações feitas por ela.

“As crianças moram comigo, não tem como eu não ver as crianças”, rebateu ele ao ser questionado sobre os vídeos. “Ela está contando só parte da história, não fala sobre as ameaças que ela fez pra mim, que o marido dela fez pra mim e pra minha família. Antes de questionar qualquer coisa pra mim, é bom pesquisar quem eles são de verdade, o que fizeram pros filhos, quem fez pra mim a ameaça dizendo que iria arrancar a minha cabeça e a cabeça das crianças. Pergunta pra ela quem fez isso”, fala Alessandro.

Sobre o fato de não ter se apresentado para colocar a tornozeleira eletrônica e os mais de 10 boletins de ocorrência registrados, como dito por Fernanda no texto, ele diz que não foi intimado para isso. “Eu me apresentei onde fui citado e intimado, se ela tá falando, ela tá falando. Ela pode falar o que quiser, como eu vou saber?”, diz. “Não tenho informação de 10 B.O. contra mim, ela tem feito isso no desespero porque perdeu a guarda. Tanto que ela disse que ia desaparecer com as crianças e conseguiu, sumiu com as crianças. Tem que ir atrás pra ver porque realmente ela perdeu a guarda pra mim, os boletins de ocorrência que existem contra ela e o marido”, conta.

“Essa historinha ai de que eu não aceito o relacionamento dela é pra boi dormir. Não pode ficar denegrindo a imagem dos outros e expondo crianças desnecessariamente em um processo que corre em segredo de Justiça. Ela perdeu a guarda por um motivo. Ela só vai conseguir se prejudicar, porque vai ter que provar tudo que está falando”, diz Alessandro sobre o fato de Fernanda afirmar que ele não aceita que ela se relacione com outras pessoas.

Ele conta ainda que nunca agrediu, ameaçou ou invadiu a casa de Fernanda. “Eu nunca fiz isso, ir à delegacia e fazer boletim de ocorrência, qualquer um faz, tanto que tem boletim de ocorrência meu contra ela também. Ela nunca conseguiu comprovar isso, tanto que a maioria dos B.O. já foram até arquivados”, diz.

“Meus filhos moram comigo, ela nunca teve tempo de ficar com as crianças. Agora qual é o problema de as crianças ficarem com a minha mãe? É vó deles, se eu preciso sair ou ir trabalhar eles ficam com a minha mãe”, diz. Alessandro ainda conta que Fernanda agredia os filhos mais velhos verbal e fisicamente, e que depois de certa idade mandou as crianças para longe. “Fora as agressões que ela fazia contra os dois filhos mais velhos, chamando-os de cachorro e espancando, e mandou eles pra não sei onde”, conta.

Em uma parte da conversa, Alessandro questiona a índole do atual marido de Fernanda. “Procura quem ele é, o que ele faz, vai ver se ele não mexe com tráfico, com contrabando. Não sou ninguém pra julgar alguém, mas procura pra ver se ele não tem condenação de algum crime. Isso eu posso te afirmar, que se procurar condenação minha você não vai achar”, continua. “Eu sou acusado por ela, apenas”, finaliza.

“Eu já entrei na Justiça sobre a questão da alienação parental que ela faz com as crianças. Porque quando uma mulher não se conforma com o fim do relacionamento, ela começa a falar mal dos pais para eles. Se ela estivesse realmente conformada com o fim do nosso relacionamento ela não estava fazendo isso”, conta ele ao falar sobre sua visão dos fatos.

Ao ser questionado sobre as medidas protetivas que teria descumprido, Alessandro diz que quem acarreta isso é a própria Fernanda. “Essas medidas eu nem sei por que existem, não deveria nem falar, mas ela é amiguíssima da delegada, é só chegar lá e pedir a medida contra mim que ela consegue”, conta. “Eu estava lá na casa da minha mãe e ela chegou, depois saiu alegando que eu quem estava descumprindo a medida. Outra vez eu estava dentro do carro e ela quem se aproximou pra conversar e veio com a mesma conversa de que eu estava descumprindo ordens judiciais”, explica.

O caso - Correndo em segredo de justiça, o caso ainda vai ter mais desdobramentos sobre com quem irá ficar a guarda das crianças. Até a publicação dessa matéria, o JD1 Notícias não obteve retorno do contato feito com o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).

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