De fevereiro de 2015 até julho deste ano a Casa da Mulher Brasileira, espaço integrado de atendimento às mulheres em situação de violência, atendeu cerca de 17.500 mulheres e realizou 90 mil atendimentos como registro de boletins de ocorrência, medida protetiva, assistência jurídica, atendimento psicossocial entre outros.
Para Eloísa Berro, coordenadora da Casa da Mulher Brasileira, os índices de violência contra a mulher não cresceram, o que aumentou foi o número de denúncia. “As mulheres passaram a conhecer os seus direito com a Lei Maria da Penha, o que garantiu acesso a justiças as mulheres que sofrem qualquer tipo de violação”, afirma.
Eloísa destaca que o acesso a informação é uma das formas de garantia do direito das mulheres. Segundo a Pesquisa “Violência e Assassinatos de Mulheres” de 2013 do Instituto Patrícia Galvão, 98% das pessoas no País já ouviram falar da lei Maria da Penha.
A mudança no atendimento à violência contra a mulher também representa um avanço para Eloísa Berro. “A proposta da Casa da Mulher Brasileira significa ter todos os serviços de atendimento à mulher integrada no mesmo espaço e de forma humanizada. Antigamente, por exemplo, a mulher ia à delegacia e muitas vezes não tinha condições de acessar todos os serviços de atendimento, por exemplo”, ressalta.
10 anos da Lei Maria da Penha
Reconhecida pela ONU como uma das melhores legislações de enfrentamento à violência contra as mulheres, a Lei Maria da Penha completa 10 anos no dia 7 de agosto. “São 10 anos da lei nº e o tempo mostra uma mudança no comportamento social. A cultura mudou antigamente ninguém se metia em briga de casal, a mulher ficava durante anos sofrendo e hoje o Estado sabe e tem um papel importante na defesa da mulher”.
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