A delegada da DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil), Rosely Molina, foi convidada pela vereadora Enfermeira Cida Amaral (Podemos) para usar a tribuna da Câmara Municipal de Campo Grande, nesta terça-feira (08), para falar sobre a violência contra a mulher. Neste mês, o governo do Estado de Mato Grosso do Sul lança a campanha “Agosto Lilás”, que é para ressaltar o tema.
O Estado está em primeiro lugar no país em caso de violência contra a mulher, sendo 37,4 vítimas a cada 10 mil habitantes do sexo feminino. Isso é o reflexo de um levantamento feito pela Deam que registrou 7 mil boletins de ocorrências de violência moral e psicológica só em Campo Grande, além de 5 mil inquéritos instaurados por lesão corporal contra a mulher.
“Infelizmente nossa sociedade é machista e trata com tolerância e naturalidade assassinatos, estupros e agressões contra a mulher. Isso é percebido dentro do SUS (Sistema Único de Saúde), onde recebemos diversas mulheres para ser atendidas, sejam abusos sexuais, físicos ou psicológicos. Isso passa de 147 mil por ano em todo o país, cerca de uma mulher vítima de violência a cada quatro minutos”, explica a parlamentar.
A delegada Molina esteve à frente da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) há alguns anos e ressaltou a importância de uma unidade voltada para atender a mulher e ter como aliada a Lei Maria da Penha, que completa este mês 11 anos de efetividade.
“Trabalhei na Deam como titular e tive ótimas colegas, como as delegadas Marília e Franciane, além de uma equipe empenhada. Sei que fizemos a diferença, mas a Lei também ajuda. A “Maria da Penha”, por exemplo, nos deu base para ajudar estas mulheres, que por muito tempo não tinha voz para denunciar os agressores e ter um amparo para continuar suas vidas”, frisou.
A delegada comentou que, um dos projetos que ajudou no funcionamento da delegacia era a assistência. “Muitas mulheres precisam desta base psicológica e de tratamento físico para se reerguer. Tanto ela, quanto os filhos e até mesmo o companheiro, que resolveu passar por um tratamento. Muitas nem sabem como nos procurar e outras acham que o trabalho fica apenas na delegacia. E é por isso que fiz questão de agradecer o apoio de toda a equipe”.
Também foi convidada a Ilda, a mãe da violinista Mayara Amaral, que foi morta recentemente de forma bárbara pelo namorado. Porém, ela teve uma indisposição, por conta da repercussão sobre a morte da filha.
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