O projeto Banda nas Escolas, realizado pelo Fundo de Apoio à Comunidade (FAC) em conjunto com o Instituto Mirim de Campo Grande (IMCG) e Fundação Municipal de Cultura (Fundac) encerra as atividades do ano com um encontro das bandas das escolas participantes, juntamente com a Banda Marcial do IMCG. A atividade está prevista para a primeira quinzena de dezembro, no Instituto Mirim. Enquanto isso, os alunos intensificam os ensaios e se preparam para fazer um bonito espetáculo .
O projeto, que acontece nas escolas Escola Municipal Padre Tomaz Ghiradelli, Escola Municipal Elpidio Reis, Escola Municipal Valdete Rosa da Silva, Escola Municipal Fauze Scaff e Escola Municipal Elizio Ramirez Vieira, propõe com a música, a aproximação entre os alunos e o ambiente escolar, além de resgatar valores culturais, respeito, amor à pátria, ética e formação moral. A iniciativa surgiu com a necessidade de levar a música não como um método apenas cultural, mas também como uma proposta pedagógica, estimulando a permanência do aluno na escola.
Para participar do projeto o aluno deve frequentar as aulas regularmente, ter disciplina, comprometer-se com os ensaios e apresentações. É necessário o consentimento dos pais ou responsável, o que propicia a aproximação também da família em relação ao ambiente escolar. De acordo com os organizadores, a música possibilita o desenvolvimento e fortalecimento do raciocínio lógico-matemático, do senso estético, da percepção sonora e espacial, assim como a coordenação motora e capacidade inventiva, especialmente entre as crianças e adolescentes terá como meta propiciar aos participantes a aquisição de conhecimentos musicais por meio das informações sobre música por meio de aulas teóricas e práticas.
Revitalizar as bandas escolares
Outro ponto importante do projeto Banda nas escolas foi o de revitalizar as bandas das escolas municipais que possuam instrumentos de banda disponibilizando instrutores e regente. As contempladas foram escolhidas por já terem estrutura de bandas e a partir daí começaram a acontecer as oficinas de música, três vezes por semana com duração de 2h/aula. Os ensaios são ministrados no contraturno das aulas e cada escola é responsável pela manutenção dos instrumentos. Em média 120 alunos – 5º ano ao 7º ano - participam do projeto.
A iniciativa foi muito bem recebida pelos alunos. “ Estou achando bem legal. O instrumento que eu me identifiquei foi o prato. Aprendi muitas coisas, o prato, por exemplo, pode ser abafado e mais aberto e tem uma forma correta de pegar o instrumento para ele não cair das mãos. Quero continuar a tocar, pois o meu sonho é ser bombeira e lá tem banda”, disse a aluna Elida Sthefany dos Reis Lima, 12 anos, da Escola Municipal Padre Tomaz Ghirardelli.
A diretora adjunta da Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, Rosângela Aparecida de Oliveira Silva, destaca que a música vem pra comtemplar o aspecto pedagógico. “Quando o aluno tem o objetivo de aprender, ele só tem a crescer, pois estimula o comprometimento tanto na aprendizagem e disciplina”, disse.
Transformação social
A presidente de Honra do Fundo de Apoio à Comunidade (FAC), a primeira-dama Mirian Gonçalves, idealizadora do projeto, avalia que as bandas escolares devem despertar nos jovens o gosto pela música e valorizar os jovens talentos para a música. “O projeto acredita na força da música como ferramenta de transformação social. Na medida em que participa das aulas coletivas, o jovem socializa-se, adquire senso de cidadania e responsabilidade, tem com novos valores e amplia, de maneira definitiva seu horizonte cultural, enriquecido pelos infinitos dialetos contidos na linguagem universal da música”, enfatizou Mirian.
De acordo com o maestro da Banda Marcial do Instituto Mirim, Marcelo Peres - que está supervisando o projeto - a metodologia usada contribui para que o aluno tenha o primeiro contato com o instrumento escolhido e, assim, desperte o interesse dele pela música. “Depois disso é ensinado a manusear o instrumento para futuramente iniciar as aulas de teoria musical para partir para a leitura de partituras. “Temos alcançado resultados com o aprendizado e a ideia que se profissionalizem para pleitear um espaço dentro do mercado musical profissional”, comentou Marcelo Peres.
Para o instrutor da oficina de música do projeto, Renan Cassiano dos Santos, os participantes aprenderam o ritmo da música, a cadência, ou seja, o acompanhamento para se ter o mesmo sincronismo na banda. “Quando cada um escolheu o seu instrumento o que surgiu a partir daí foi um comprometimento muito grande, tanto que passaram também a praticar em casa. É muito bom ensinar os alunos e repassar os conhecimentos adquiridos na Banda Marcial do IMCG, comenta Renan Cassiano, destacando o quanto se sente gratificado com essa iniciativa.
O aluno Waldy Junior Espinoza, 13 anos, da Escola Municipal Tomaz Ghirardelli, considerou o projeto muito importante para ele que aprendeu se divertindo. “Eu estou achando muito divertido porque antes eu ficava na rua e minha mãe não gostava e com as oficinas de música eu aprendo algo novo. Escolhi o bumbo porque é um instrumento que me chamou a atenção pelo som que emite, bastante grave e pela imponência do instrumento. Quem sabe um dia eu possa ser um professor de música”, completa.
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