Compartilhado no mês passado, o vídeo de uma onça-pintada atacando um guia de natureza na Amazônia peruana viralizou nas redes sociais e soma quase três milhões de visualizações.
De acordo com o guia Fernando Tapia Vera, em 30 de dezembro de 2023, ele e um grupo de turistas estavam andando em uma área de mata nos arredores de Puerto Maldonado, quando perceberam a presença do animal, um grande macho da espécie.
"Lentamente, me coloquei diante da onça para proteger os turistas. Eles ficaram atrás de mim e nós não fizemos nenhum barulho, apenas esperamos a reação dela. Foi então que, num momento rápido, ela decidiu correr e nos atacar. Os turistas começaram a gritar para assustá-la e eu fiquei parado, sem recuar, deixando claro que não tinha medo", contou ele em entrevista ao Terra da Gente.
Segundo o guia, o felino parou por um momento mas depois saltou sobre ele, arranhando suas pernas com as garras. Fernando relata que se defendeu e a onça-pintada recuou um pouco.
"Pensei que ela fosse embora, mas continuou tentando se aproximar mais. Fiquei atrás de uma árvore para me proteger, caso ela saltasse novamente. Os turistas continuaram gritando e eu estava lá, tentando afastar a onça, até que um deles me passou um galho e eu o lancei".
"Foi aí que o macho recuou um pouco mais e, naquele momento, eu fiquei mais calmo pois ele não estava tão perto de nós", relembrou. Apesar de ter durado poucos minutos, para Fernando, o acontecimento pareceu durar horas.
"Senti muita adrenalina no momento, foi algo louco e único porque nunca havia acontecido com ninguém, e pior ainda, nunca haviam registrado o ataque. Agora, sempre que lembro daquele dia, me sinto feliz, pois poderia ter morrido se não tivesse reagido daquela forma", acrescenta.
Para o biológo Gustavo Figueiroa, diretor de comunicação do Instituto SOS Pantanal, fica claro que o felino não quis atacar de fato, apenas afugentar os humanos para defender o próprio território.
“É um ataque falso, já que ela pula e vai pra cima apenas para assustar. E isso é o mais comum de acontecer com as onças, elas dão um sinal de alerta pra se afastarem quando se sentem encurraladas, mas como eles continuaram lá, ela foi para cima”, explicou.
Segundo o biólogo, as onças-pintadas tendem a fugir em encontros como esse. O comportamento agressivo, no entanto, pode ocorrer em determinadas situações, como durante o acasalamento, na presença de filhotes ou na alimentação, após matar uma presa, por exemplo.
Não há como saber o que aconteceu na situação do Peru, já que os guias não conseguiram observar o suficiente, mas eles tomaram a atitude correta. “Eles fizeram o certo, foram para trás, levantaram as mãos, fizeram barulho... enfim, assustaram ela, mostraram que são em maior volume do que ela, mas é difícil saber como começou a situação”, finalizou Gustavo. Veja:
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