O Ministério da Saúde confirmou o diagnóstico de microcefalia e outras alterações no sistema nervoso em 35 bebês na última semana, todos sugestivos de terem sido causados por infecção congênita. Ao todo, agora são 1.616 casos registrados de outubro do ano passado até o dia 18 de junho.
Segundo a pasta, há 3.007 bebês com suspeita de malformações que ainda não tiveram os exames concluídos para diagnóstico preciso. São 40 casos a menos sem diagnóstico conclusivo, considerando os dados do boletim anterior.
Dos casos confirmados, 233 tiveram exames laboratoriais comprovando que foram causados pelo vírus Zika. Entretanto, para o Ministério da Saúde, esse número não reflete a realidade. Para a pasta, a maior parte dos casos confirmados foi causada pelo Zika, mas, por dificuldades de diagnosticar a doença, a situação não foi comprovada em laboratório.
O novo boletim descartou 3.416 casos que eram considerado suspeitos porque os exames não revelaram anormalidade, porque as malformações foram confirmadas por causas não infecciosas ou não se enquadraram na definição de caso. Entre o boletim anterior e o divulgado hoje, 108 casos foram descartados.
No total, houve registro de suspeita de microcefalia em 8.039 bebês, dos quais 1.616 foram confirmados, 3.416, descartados e 3.007 continuam sendo investigados. Todos os estados e o Distrito Federal têm casos confirmados, a maior parte (1.410) registrada no Nordeste. A Região Sudeste tem 98 confirmações, cinco a mais do que na última semana.
Zika
Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus Zika começou a circular no Brasil entre 2013 e 2014, mas os primeiros registros foram feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução costumava ser benigna e que os sintomas, geralmente manchas vermelhas no corpo, fadiga, dores nas articulações e conjuntivite, além de febre baixa, eram mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo Aedes aegipty.
Porém, em outubro de 2015, pesquisadores identificaram a presença do vírus no líquido amniótico de um bebê com microcefalia. Em 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus, podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo Zika.
A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do Zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
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