O primeiro medicamento para tratamento de leishmaniose em cães no Brasil, chamado de Milteforan, foi aprovado na semana passada pelo Ministério da Agricultura. O órgão prevê que o remédio seja comercializado no país a partir do ano que vem. A doença é considerada um dos maiores problemas de saúde pública enfrentados em Campo Grande, que, segundo o veterinário André Fonseca, tem um índice de infecção de um em cada dez cães da Capital.
O controle da doença ainda é cercada de polêmicas. Enquanto médicos veterinários defendem tratamento dos animais infectados, órgãos públicos defendem a eutanásia método mais eficaz para a diminuição na proliferação da doença. Em junho deste ano, após uma interpelação da ONG Abrigo dos Bichos, Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF 3) a nulidade da Portaria interministerial dos ministérios da Saúde e Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Portaria n° 1.426/2008, que proíbe o tratamento de cães com Leishmaniose Visceral Canina por meio de produtos de uso humano. Pela falta de medicamentos veterinários disponíveis para o combate à doença, o tratamento acabava por se tornar ilegal. Na 3º Região, composta por São Paulo e Mato Grosso do Sul, agora o tratamento é permitido também com medicamentos de uso humano.
A partir de 2017, o tratamento será permitido em todo o país através do Milteforan, primeiro medicamento de uso veterinário para tratamento da doença aprovado no país. Ainda assim, em nota técnica emitida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o órgão ressalta que o tratamento de cães com leishmaniose não se configura como medida de saúde pública para controle da doença e que o tratamento "trata-se única e exclusivamente de uma escolha do proprietário do animal, de caráter individual".
Doença
A leishmaniose é transmitida pelo mosquito-palha, atraído por lugares com matéria orgânica e sujeira e tem hábito noturno. As recomendações para evitar e doença é de manter sempre o quintal e o canil limpos, além de utilizar de uso de repelentes e de lugares telados, evitando assim, a picada do mosquito, tanto em humanos quanto em cães. Nos cães, os sintomas da leishmaniose são: emagrecimento, descamação e queda de pêlo, lesões ao redor dos olhos e lacrimejamento, lesões em pontas de orelhas, focinho e patas, ficar muito quieto (apatia) e crescimento exagerado das unhas.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Em nota, Gilberto Gil diz que família cuida da repatriação do corpo de Preta Gil

Preta Gil morre aos 50 nos EUA

Mega-Sena acumula outra vez e prêmio sobe para R$ 33 milhões

Virgínia e Vini Jr.? Interação nas redes sociais levanta rumores de romance

Roberto Duailibi, campo-grandense e ícone da publicidade, morre aos 89 anos

Mega-Sena pode pagar prêmio acumulado de R$ 25 milhões neste sábado

Idosos terão momento de conexão com a '2ª Semana da Atitude'

Pátio promove 1º Campeonato de Futebol de Botão com direito a treinos e premiação

Justiça condena candidato por "chuva de santinhos" em Corumbá nas eleições de 2024
