Conhecer países do exterior e ainda obter diferencial no currículo é o sonho que dezenas de universitários sul-mato-grossenses têm conseguido realizar, com o apoio do Governo do Estado, por meio da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems).
“Temos relação de parceria com mais de 20 países”, explicou a assessora de Relações Internacionais da Uems, Silvana Lucato Moretti. Várias são as formas de viabilizar as viagens, incluindo programas federais a parcerias com instituições privadas e fundações. Todas feitas oficialmente via convênio e acordos envolvendo pesquisas e projetos.
“É mais seguro e proveitoso conhecer o exterior via universidade, porque se trata de uma viagem associada a redes internacionais de projetos, os alunos vão para as universidades oficiais e aprendem mesmo”, explica Moretti.
De acordo com ela, a experiência acadêmica acaba sendo completa, diferente dos casos em que o aluno vai por conta própria, não tem inscrição para participar de projetos universitários no país em questão e acaba ocupando seu tempo com atividades laborais que não enriquecem o currículo.
Os destinos favoritos dos acadêmicos têm sido Portugal e Espanha, com os quais a universidade possui parceria para projetos de pesquisa, mas as relações incluem diversos outros países. Nos últimos doze anos, a Uems já enviou 60 acadêmicos para projetos desse tipo no exterior.
A universidade tem recebido ainda inúmeros acadêmicos de diversos países da América Latina e África. Neste semestre, assistem às aulas na Uems sete estudantes de pós-graduação em cursos variados, oriundos da África, Peru, Guatemala, Honduras e Haiti.
Além do intercâmbio, a política de internacionalizar a universidade inclui o oferecimento de determinadas disciplinas ofertadas em inglês, como no curso de Medicina. A intenção é oferecer preparo internacional já na graduação.
Troca de experiências
O jornalista André Mazini teve a oportunidade de se especializar na Espanha por meio da parceria com a Uems, com mestrado no Instituto de Estudios Latinoamericanos em Antropologia de Iberoamérica. “Mais do que um enriquecimento cultural, a experiência me transformou como pessoa e como profissional também”, contou.
Em sua turma, havia alunos de diferentes países – como Rússia, França e República Tcheca, o que deixou a experiência ainda mais proveitosa.
“É diferente de alguém que vai como imigrante ilegal ou para trabalhar por conta própria. Quando a gente vai com um objetivo mais claro, mais preciso, de estudar ou de buscar uma qualificação profissional, as coisas lá se tornam mais fáceis. A gente perde menos tempo com essas adaptações e consegue otimizar o tempo focado no nosso objetivo que é se qualificar”, explicou.
Até hoje ele mantém relações profissionais com a universidade espanhola, em determinadas ocasiões viaja novamente à Espanha custeado pela instituição. No último mês, foi convidado para uma banca avaliadora de um doutorado. “Estar lá me apresentou um outro universo e fez uma ponte, abrindo um mundo de possibilidades do qual eu usufruo até hoje”, declarou.
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