Nos últimos meses, o Rio de Janeiro registrou aumento de 40% no número de tiroteios, passando de 3.477 para 4.850 e, no mesmo período, houve uma migração de determinados tipos de crime, como o roubo de cargas, para o interior do estado. A conclusão está no estudo denominado Vozes sobre a Intervenção, com 40 páginas, divulgado nesta quinta-feira (16).
O relatório foi elaborado pelo Observatório da Intervenção, uma iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes, que observou os últimos 12 meses, considerando também a implementação da intervenção federal na segurança do Rio, em 16 de fevereiro deste ano.
A atuação das forças policiais no combate ao roubo de cargas fez com que este tipo de crime migrasse da região metropolitana para o interior do estado – sobretudo nas regiões de Tanguá, Rio Bonito e Itaboraí, houve crescimento em comparação aos registros do ano passado. A média de roubos de fevereiro a junho, no período de 2003 a 2017, foi de 33,5 registros policiais. O número saltou para 200 desde a intervenção.
Preocupação
O relatório destaca a preocupação com as taxas de homicídios e chacinas, assim como as disputas entre quadrilhas, incluindo milicianos e ressalta que o município de Queimados registrou o maior índice de mortes violentas do Brasil.
Para os pesquisadores, a redução dos homicídios passa necessariamente pelas investigações e elucidação dos crimes, inibição do uso indiscriminado de armas de fogo, desarticulação de “esquemas crônicos” de corrupção envolvendo agentes públicos e pela presença de policiais em áreas mais violentas.
O estudo ressalta a necessidade de aprimoramento de mecanismos de gestão e monitoramento e de ntegração entre polícias, guardas municipais e sistemas de vigilância privada. Os pesquisadores apelam ainda para o combate ao “desalento” da sociedade.
Outro lado
Em nota, o Gabinete da Intervenção Federal (GIF) informou que há uma tendência de redução nos próximos meses. Segundo a assessoria do GIF, o esforço é para melhorar a gestão na área de segurança pública do estado.
O GIF citou como medidas a capacitação de policiais militares, principalmente das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a compra de equipamentos e a implementação de tecnologia. Outra medida destacada pelo GIF foi o aumento ostensivo de patrulhamento nas ruas.
A meta é treinar 2.500 agentes de segurança para o policiamento nas ruas, assim como o cumprimento de mandados judiciais, verificação de denúncias de ações criminosas e de outras condutas ilícitas.
Durante ações comunitárias na Vila Kennedy e na Praça Seca, na zona oeste do Rio, foram feitos 25 mil atendimentos que vão desde a emissão gratuita de documentos à assistência médica, odontológica e vacinação, além de orientações sobre mercado de trabalho e alistamento militar.
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A conclusão está no estudo denominado Vozes sobre a Intervenção (Reprodução/ Internet)



