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118 anos: Santo Antônio, o cemitério que mantém viva a história da Capital

O cemitério foi criado em 1914 na Rua Santo Antônio, atual Avenida Calógeras

25 agosto 2017 - 08h06Da redação


Em comemoração ao aniversário de 118 anos de Campo Grande, o JD1 Notícias preparou uma série especial de matérias que contam um pouco de sua história. Hoje vamos mostrar que nem só com vivos se constrói a história de uma cidade, temos que lembrar também daqueles que já se foram. Esses que ajudaram na construção desta cidade e fizeram dela a mais bela de Mato Grosso do Sul. Prestes a completar 118 anos, Campo Grande se remete ao passado através da história do Cemitério Santo Antonio. 

O cemitério, para quem não conhece fica Avenida da Consolação, s/n, Vila Santa Dorotéia, Bairro Glória, região central da cidade. Se a localização ainda não foi entendida, temos mais referências, no fim da Calógeras esquina com a Avenida Eduardo Elias Zahran. 

Dado a localização, agora é hora de conhecer um pouco da história do primeiro cemitério de Campo Grande. O cemitério foi construído a partir da doação de parte da Fazenda Bandeira de propriedade de seu Amando de Oliveira. O local ocupa hoje uma área de 41.328 metros quadrados, possui 14.201 sepulturas, sendo 13.017 de adultos e 1.184 de crianças.

O local, que já foi onde hoje é a Praça Ary Coelho, guarda os túmulos de famílias tradicionais e pessoas importantes para a história de Campo Grande e do nosso Estado. Estão sepultados no local o fundador de Campo Grande, José Antônio Pereira, o 36º governador de Mato Grosso, Arnaldo Estêvão de Figueiredo, o primeiro chamamezeiro do Estado, Zé Corrêa, a atriz Glauce Rocha e integrantes de famílias tradicionais, como Nasser, Nedes, Martins e Saad.

Ironia ou destino

Paulo Coelho Machado, em seu livro “Pelas Ruas de Campo Grande” conta que no ano 1887, antes de tornar-se cidade, tendo em vista a expansão da vila para o norte, foi decidido pela comunidade que o velho cemitério que se localizava na região central, atual Praça Ary Coelho, deveria ser remanejado.

A mudança aconteceu em 1914, quando foi aprovada na câmara municipal a transferência do cemitério do local onde hoje está instalado o SESI para o seu local definitivo na anteriormente chamada de Rua Santo Antônio, atual Avenida Calógeras. 

Muitas pessoas têm medo de mortos, pois existem muitas lendas sobre esse tipo de assunto, mas por incrível que pareça, o Santo Antônio tem um fato inusitado. Por ironia do destino, o primeiro a ser enterrado no cemitério foi o senhor Amando de Oliveira, sim, ele que foi o doador do terreno do cemitério desmembrado de uma parte de sua fazenda que era conhecida pelo nome de Bandeira.

(Santo Antonio)

 

 

 

                                                                                                          (Túmulo da atriz Glauce Rocha)

 

José Antônio Pereira e seus descendentes 

A dona Ivanir Vicência de Souza, 73 anos, trineta do primeiro morador de Campo Grande, José Antônio Pereira, se orgulha de fazer parte da história dessa cidade. Os seus irmãos, Izauro, 70, Hilário, 66, e Irenilda, 53, sempre estão no jazigo da família que lembra um obelisco. Eles não deixam que a tradição da família se perca no tempo. 

                                                                                                                                                  (Jazigo da Família Pereira)

“Somos quatorze irmãos, nem todos moram em Campo Grande, mas sempre estamos aqui cuidando desse espaço. A gente sempre vem lembrar do nosso pai, Arnaldo Pereira de Souza, que morreu em 71”, disse Ivanir. “O pessoal aqui do cemitério limpa o túmulo e cuidam muito bem da história da nossa família”, elogiou. 

O pai de Ivanir é bisneto de Antônio Pereira. No jazigo da família estão sepultadas 24 pessoas. 

    

 

 

 

 

(Dona Ivanir)                                                                         (Os trinetos de José Antônio Pereira)

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