O “Setembro Amarelo” é o mês de prevenção ao suicídio lembrado em todo o Brasil. E a questão é entender se uma pessoa que pretende cometer suicídio pode dar algum tipo de sinal. De acordo com a psicóloga, Patrícia Souto Mayor Ramos, 25 anos, as pessoas com ideia suicida apresentam sim indícios de sua pretensão.
Entender o que se passa na mente de alguém, ou saber o que está dentro dos pensamentos de cada pessoa é um desafio. Às vezes em meio aos sorrisos e alegrias uma pessoa pode disfarçar algum sofrimento. E sem ninguém perceber, mesmo dando sinais, um indivíduo tira a própria vida.
Foi o que aconteceu no último domingo (11) com Ana Valéria Pio, de 18 anos. A jovem, que sempre sorridente encantava as pessoas, surpreendeu a todos ao cometer suicídio. Ana foi encontrada morta em sua casa pelo primo.
(Postagens de Ana - Via Facebook)

Alguns dias antes de cometer suicídio, as postagens engraçadas, de reflexões e de amor que Ana costumava compartilhar deram lugar a outras ligadas ao suicídio A primeira delas, postada no dia 3 de setembro é a imagem da campanha do Setembro Amarelo que resumidamente diz que "depressão não é frescura". A segunda postagem veio dia 6 de setembro, era um vídeo que trazia na legenda "Alexandre Caldini fala sobre o suicídio e as consequêncis no plano espiritual deste ato tão pouco abordado".
No dia 8 de setembro, dois dias antes de ser econtrada morta, Ana postou um vídeo sobre uma técnica japonesa que ajuda a tratar pessoas que se sentem "quebradas". Minutos depois a postagem era a foto de uma família que originalmente trazia a seguinte legenda: "Isso foi dias antes do meu marido tirar a própria vida. Pensamentos suicidas estavam lá, mas você nunca sabe". Ana acrescentou no post "Nunca se sabe".
Conforme a psicóloga, Patrícia Souto Maior, as pessoas podem dar esses sinais. “Cada caso é um caso, porém grande parte das pessoas com ideação suicida apresentam indícios sim de sua pretensão”, afirma.
Ainda de acordo com Patrícia, é possível ver os sinais de suicídio. “Dentre os sinais mais comuns estão os comportamentos melancólicos, baixa autoestima, isolamento social, mudanças bruscas de comportamento, aumento do consumo de álcool, drogas ou fármacos verbalização constante sobre morte, rebaixamento de energia e perda da motivação para atividades cotidianas”, descreve.
Avaliação do suicídio
Patrícia Souto Mayor diz que este problema é uma consequência dos problemas sociais e estruturais e não a causa deles. O ato de se matar se dá quando a vida do sujeito se torna insuportável, quando a angústia de existir é tão avassaladora que a morte se apresenta como única opção de posicionamento frente às angústias.
A psicóloga diz que um paciente com este tipo de demanda, requer uma atenção maior em relação ao atendimento. Ela aponta ainda que não existem comprovações científicas que embasem a características das emoções ou, no caso, de "mentes suicidas".
“É possível reverter o quadro, este sujeito que sofre, tem a necessidade de ser escutado, há muito a ser dito e entendido por ele sobre seu sintoma, portanto um psicólogo deve ser procurado com urgência”, afirma Patrícia.
(Postagens de Ana - Via Facebook)

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