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Macron volta a dizer que França não apoiará acordo entre União Europeia e Mercosul

Presidente francês diz que "as contas não fecham" e reforça oposição ao pacto

18 dezembro 2025 - 11h11Sarah Chaves

Às vésperas de uma reunião da cúpula da União Europeia, o presidente da França, Emmanuel Macron, reafirmou nesta quinta-feira (18), em Bruxelas, que o país não apoiará o acordo comercial entre a UE e o Mercosul sem novas garantias aos agricultores franceses. Segundo ele, “as contas não fecham” e, nessas condições, o pacto não pode ser assinado.

Macron disse que a posição francesa é clara desde o início das negociações e reflete a preocupação do setor agrícola com a concorrência de produtos sul-americanos. “Quero dizer aos nossos agricultores que manifestam claramente a posição da França desde o início. Consideramos que este acordo não pode ser assinado”, declarou o presidente antes do encontro dos líderes europeus.

Na quarta-feira, Macron já havia sinalizado que a França se oporia a qualquer tentativa de “forçar” a adoção do acordo, mesmo após alterações aprovadas pelo Parlamento Europeu na terça-feira (16), que incluíram salvaguardas voltadas aos interesses franceses. A posição do governo francês conta com o apoio da Itália, Polônia e Hungria, países que também indicaram que vetariam a assinatura.

Com a adesão italiana anunciada na quarta-feira, a França passou a cumprir os requisitos para formar uma minoria de bloqueio no Conselho Europeu. Para isso, são necessários ao menos quatro dos 27 países-membros, representando no mínimo 35% da população do bloco.

O impasse pode adiar novamente a assinatura do acordo, negociado desde 1999 entre os dois blocos econômicos. Além disso, há o risco de que o texto volte à estagnação por tempo indeterminado, diante das divisões políticas internas na Europa e da iminente presidência paraguaia do Mercosul, que não demonstra disposição para flexibilizar os termos.

Do lado brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na quarta-feira que, caso a assinatura prevista inicialmente para sábado (20) seja adiada, o acordo não será mais aceito pelo Brasil até o fim de seu mandato, em 31 de dezembro de 2026. “Está difícil, porque a Itália e a França não querem fazer por problemas políticos internos”, disse Lula, ao reforçar que o país espera há 26 anos pela conclusão do tratado.

A pressão também veio do Parlamento Europeu. O presidente do comitê de comércio, Bernd Lange, alertou no início da semana que os países do Mercosul estão perdendo a paciência. “Se não for possível assinar agora, a janela de oportunidade se fechará, e eles buscarão parceiros que talvez não nos agradem”, afirmou

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