O observatório europeu Copernicus, que monitora mudanças climáticas globais divulgo na terça-feira (8), que o mês de junho de 2025 foi o terceiro mês de junho mais quente já registrado no planeta.
Com 1,30°C acima da média de 18501900 (período pré-industrial), junho foi apenas o terceiro mês, nos últimos dois anos, em que a temperatura global ficou abaixo de 1,5°C. Em dezembro de 2023 a média ficou em 1,78 e em fevereiro de 2024 em 1,77.
Apesar de não ter superado os recordes de junho de 2024 e 2023, os cientistas alertam que a tendência de aquecimento permanece firme, e com impactos cada vez mais visíveis.
Ainda de acordo com o observatório, no mesmo período, a temperatura média do ar no mundo foi de 16,46°C, 0,47°C acima da média histórica para o mês (19912020).
Extremos
Enquanto grande parte da Europa, América do Norte, Ásia Central e partes da Antártica Ocidental enfrentaram temperaturas acima da média, regiões do Hemisfério Sul, como Argentina e Chile, registraram um frio fora do comum para a época.
Essa combinação de extremos (calor severo de um lado e frio anormal do outro) é, segundo os cientistas, um reflexo do desequilíbrio crescente no sistema climático do planeta.
Os oceanos também enfrentaram condições extremas no último mês, com destaque para o Mediterrâneo Ocidental, onde uma onda de calor marinha excepcional se formou em junho.
A região registrou, no dia 30, a maior temperatura média diária da superfície do mar já observada em um mês de junho: 27°C.
O valor representa um desvio de 3,7°C acima da média histórica, a maior anomalia já registrada para a área em qualquer mês do ano.
Com isso, a temperatura média da superfície do mar foi de 20,72°C, o terceiro maior valor já registrado para um mês de junho, ficando atrás apenas dos recordes estabelecidos em 2024.
E a elevação das temperaturas no mar Mediterrâneo, em particular, teve um papel importante no agravamento da onda de calor que atingiu países como Portugal, Espanha, França e Itália no fim do mês devido ao efeito de retroalimentação que amplia o impacto das altas temperaturas em terra firme.
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Foto: REUTERS/Benoit Tessier 



