A médica pediatra, que atestou a morte de Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos, durante a noite do dia 26 de janeiro de 2023, Thayse Capel, disse que a criança chegou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Coronel Antonino, já sem sinais vitais. A afirmação foi feita durante o primeiro dia de julgamento do caso que está sendo feito nesta quarta-feira (4), em Campo Grande.
Ela relembrou o dia da morte, detalhando que no momento em que contou para Stephanie de Jesus Silva, mãe da vítima, que ela estava sem sinais vitais, a genitora não saiu do celular. Esse fato foi considerado ‘atípico’ pela equipe médica fazendo-os acreditar que estavam diante de um caso de maus-tratos.
“A Sophia já estava em óbito, não tinha escuta cardíaca. Nós então despimos a vítima e vimos que ela apresentava hematomas pelo corpo, nesse momento ele não foi tão detalhado, mas avaliamos ali para ver a causa da morte. Ela já estava rígida, ou seja, morta há algumas horas”, explicou a médica.
Posteriormente, Thayse foi questionada sobre as irregularidades vistas na região anal e da vagina de Sophia, pois ‘não estava condizente com a idade dela’. Testemunha arrolada pela defesa de Christian Campoçano Leitheim, padrasto da vítima, a médica também respondeu perguntas dos advogados de Stephanie, momento em que foi descredibilizada.
Uma das teclas que a defesa da acusada está tocando, desde o começo do julgamento, é o: horário aproximado da causa da morte da criança. O advogado Alex Viana de Melo questionou sobre o uso da rigidez corporal da criança para basear a tal ‘hora da morte’.
No entanto, apesar das perguntas, o juiz Aluízio Pereira dos Santos, o interpelou dizendo que a questão deveria ser levada para os debates, uma vez que a médica tem o conhecimento e suas próprias questões para emitir o laudo com este detalhe.
Ainda assim, Viana continuou dizendo: “A senhora tem consciência hoje de que não tem capacidade técnica para atestar a hora da morte?”. A testemunha não respondeu o questionamento, uma vez que não foi permitida pelo juiz. “Só estamos tentando dizer e mostrar para a médica que ela não tinha capacidade para emitir este documento”, completou.
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