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Justiça

Caso Sophia: No tribunal, mãe acusa padrasto de ser o assassino

Chorando muito, Stephanie de Jesus da Silva alega não ter visto as agressões cometidas por Christian que causaram a morte da menina

05 dezembro 2023 - 17h33Brenda Assis e Brenda Leitte    atualizado em 05/12/2023 às 17h47

Quase um ano depois da morte de Sophia Ocampos de Jesus, a mãe da menina que é acusada de participar do assassinato violento da pequena, quebrou o silêncio e falou pela primeira vez sobre o caso na última audiência antes da pronuncia para o julgamento dos réus Stephanie de Jesus da Silva e Christian Campoçano Leitheim, ele era padrasto da menor. Ela culpou o companheiro pela morte da filha.

Chorando muito, ela relembrou o dia da morte da pequena, mas destacou que não viu ela sendo agredida. A acusada contou que o ex-companheiro teria deitado Sophia no chão, para tentar reanimá-la fazendo massagem cardíaca. Apesar da cena, Stephanie contou ao juiz não saber que a pena que estava morta, acreditando apenas que ela estava ‘desacordada’.  A mãe então pegou a menina e a levou ao posto sozinha, pois Christian ficou em casa cuidando da filha do casal e do menino dele, de outro relacionamento.

“Depois que eu fui ao posto, eu nunca mais voltei para aquela casa. Ele que ficou lá, esperando a policia, porque sabia que iriam até lá”, comentou a ré quando questionada sobre a alteração na cena do crime, apontada pela perícia.

Para o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri em Campo Grande, Stephanie afirmou que era influenciada a usar drogas pelo companheiro e os amigos dele, pois o rapaz tinha costume de fazer ‘pressão psicológica, para que tudo saísse como ele queria’. A todo instante, Christian foi descrito como uma pessoa agressiva, que tinha o costume de bater e brigar com as crianças.

Na versão da ré, ela chegava a tentar defender os pequenos das investidas cada vez mais cruéis do companheiro, mas acabava sendo vítima da violência também. Dessa forma, ela não chegou a denunciar o acusado por ‘medo das ameaças’. Em continuidade, a mãe de Sophia negou ter participado do crime e culpou o companheiro de ter assassinado sua filha.

“Minha culpa é não ter denunciado ele antes. Não ter colocado um limite. Não ter levado minha filha para o hospital antes. Ele me ameaçava, falava que ia sumir com a nossa filha bebê. Eu não tinha coragem nem de bater, quem dirá matar minha filha”.

Acusações –

A ação penal, movida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), incrimina tanto o padrasto, Christian Campoçano Leitheim, quanto a mãe da vítima, Stephanie de Jesus da Silva.

Christian Campoçano Leitheim enfrenta acusações com base nos artigos 121, § 2º, incisos II (motivo fútil), III (meio cruel), IX (contra menor de 14 anos) do Código Penal, com as implicações da Lei 8.072/90. Além disso, é acusado de estupro de vulnerável, conforme o artigo 217-A c/c artigo 226, II do mesmo diploma, em concurso de crimes (c/c artigo 69 do Código Penal).

A denúncia contra Stephanie de Jesus da Silva é fundamentada nos artigos 121, § 2º, incisos II (motivo fútil), III (meio cruel), IX (contra menor de 14 anos) do Código Penal, com as implicações da Lei 8.072/90. Também está incluída a acusação de homicídio doloso por omissão, segundo o artigo 13, § 2º-A, alínea a, do mesmo diploma legal. Todas as acusações estão relacionadas à trágica morte de Sophia de Jesus Ocampo.

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