O juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, negou a soltura para George Edilton Dantas Gomes, motorista de aplicativo de 40 anos, que está preso sob suspeita de envolvimento na morte de dois adolescentes no Jardim das Hortências, em Campo Grande. Conforme as investigações policiais, Aysla Carolina de Oliveira Neitzke e Silas Ortiz, ambos com 13 anos, foram vítimas de "bala perdida" durante a noite de 05 de maio deste ano. O alvo do ataque seria Pedro Henrique Silva Rodrigues, foi ferido na perna e sobreviveu.
A defesa de George Edilton Dantas Gomes afirma que ele colaborou totalmente com a Polícia Judiciária durante a fase investigatória, inclusive dando acesso total ao seu aparelho celular, e que não tem envolvimento com o crime, pois estava no culto da igreja e saiu para atender uma corrida de aplicativo devido ao movimento fraco no começo do mês e à necessidade de pagar o aluguel do carro.
No entanto, ao analisar o pedido de soltura de George Edilton Dantas Gomes, o juiz considerou a gravidade do crime, em que ele tem a suspeita de participação, e seu comportamento com a Justiça, que conta com incidência criminal relativa ao delito de descumprir decisão judicial que defere medidas protetivas de urgência prevista na Lei Maria da Penha.
Para o juiz, a materialidade está demonstrada minimamente da suposta participação de George Edilton Dantas Gomes no crime, uma vez que os indícios de autoria estão confortados no boletim de ocorrência, visto que os depoimentos colhidos na fase policial indicam a sua suposta participação.
Com isso, uma vez presentes os requisitos da prisão preventiva, como robustamente indicado na presente decisão, não há que se falar na aplicação de outras medidas diversas. Portanto, com esteio no art. 312 do CPP, o juiz indeferiu o requerimento de revogação de sua prisão preventiva de George Edilton Dantas Gomes, que deve permanecer preso.
Outros envolvidos - Além de George Edilton Dantas Gomes, outros quatro indivíduos estão presos em relação ao caso: Nicollas Inácio Souza da Silva (piloto da moto usada no crime), Kleverton Bibiano Apolinário, conhecido como "Pato Donald" (presidiário apontado como mandante do crime e fornecedor da arma utilizada), Rafael Mendes de Souza, de 18 anos, conhecido como "Jacaré" (dono da casa onde foi planejado o crime) e João Vitor de Souza Mendes, de 19 anos, responsável pelos disparos que resultaram nas mortes.
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