O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta sexta-feira (20), pela condenação de Nelson Ribeiro Fonseca Júnior a 17 anos de prisão por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.
O julgamento ocorre no Plenário Virtual da Primeira Turma do STF. Além da depredação de patrimônio público, Nelson também é acusado de ter furtado uma bola de futebol autografada pelo jogador Neymar Jr., que estava em exposição na Câmara dos Deputados durante a invasão.
O objeto integrava uma mostra sobre o futebol brasileiro e foi recuperado dias após os atos. Segundo o voto de Moraes, Nelson deve pagar ainda uma multa indenizatória de R$ 30 milhões, valor que será dividido entre todos os réus já condenados pela destruição dos prédios dos Três Poderes.
Réu confessou furto
No dia 24 de janeiro de 2023, Nelson, morador de Sorocaba (SP), procurou a Polícia Militar e admitiu ter levado a bola. Ele alegou que encontrou o item no chão da Câmara e decidiu levá-lo consigo para “protegê-lo” e que pretendia “devolvê-lo posteriormente”.
O objeto foi de fato devolvido à Câmara dos Deputados em fevereiro, após ter sido entregue à Polícia Federal. Em março do mesmo ano, Nelson se tornou réu no Supremo e foi preso preventivamente, permanecendo detido até hoje.
Acusações
Nelson responde por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, deterioração de patrimônio tombado, dano qualificado, associação criminosa armada e furto qualificado.
A análise do caso continua em andamento no Plenário Virtual, onde também votarão os ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Flávio Dino e Cristiano Zanin. O prazo para conclusão do julgamento vai até a próxima sexta-feira, 27 de junho.
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Bola assinada por Neymar foi devolvida após ser roubada nos ataques de 8 de janeiro de 2023 (Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)




