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Meio Ambiente

"É uma cena desoladora", dizem ministras sobre queimadas no Pantanal

Simone Tebet, do Planejamento, e Marina Silva, do Meio Ambiente, visitaram a região pantaneira de Corumbá nesta sexta-feira

28 junho 2024 - 16h09Pedro Molina     atualizado em 28/06/2024 às 16h21

As ministras Simone Tebet, do Planejamento, e Marina Silva, do Meio Ambiente, participaram nesta sexta-feira (28), ao lado do governador Eduardo Riedel, de uma coletiva de imprensa em Corumbá, onde detalharam os esforços no combate aos incêndios no Pantanal.

Com assistência de aeronaves do governo federal e equipes da Força Nacional, Ibama e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), é realizado um controle das chamas que assolam a região pantaneira.

Riedel agradeceu o esforço de todos os envolvidos no combate às chamas, e destacou a importância dessa mobilização para a proteção do Pantanal brasileiro. “São muitos que a gente tem que agradecer pela pronta resposta que todos tiveram à essa situação”, explicou o governador. “Nossa obrigação é ajudar a mobilizar, no sentido de buscar essa pronta resposta”, complementou.

Durante sua fala, a ministra Marina Silva lamentou a situação e a destruição do bioma. “É uma cena desoladora, obviamente que muito triste, ver todas essas belezas e riquezas sendo queimadas”.

Marina ainda destacou que, desde que Lula assumiu, o governo federal deu início a ações para o combate das queimadas no Pantanal em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e que continuará trabalhando até que a situação seja controlada.

“Nós já temos mobilizados aqui em campo 280 pessoas do governo federal, advindas do Ibama e ICMBio, temos em mobilização cerca de 149 pessoas, acabou de chegar aqui um avião que tem capacidade de espargir água na ordem de 12 mil litros cada vez que ele é abastecido, das Forças Armadas Brasileiras, é a primeira vez que nós vamos fazer o uso dele aqui no Pantanal, além de termos cerca de 7 aeronaves que estão fazendo o combate [às chamas]”, detalhou a ministra.

Os brigadistas, tanto os próprios de Mato Grosso do Sul quanto os enviados pelo governo federal, estão atuando sob ordem da sala de crise estabelecida em 14 de junho. “Tudo isso não seria mobilizado se vocês aqui no Estado não tivessem um planejamento desde antes”, pontuou a chefe da pasta de Meio Ambiente.

A ministra ainda destacou que governo federal decretou emergência em relação ao fogo no Pantanal em abril, e que o governo federal está ativamente investigando os responsáveis pelas queimadas. Segundo Marina, 85% dos incêndios do Pantanal tiveram como origem área privada.

Em sua fala, Simone detalhou a vista devastadora no Pantanal nas regiões atingidas pelas chamas. “O que nós vimos hoje foi apenas terra e fogo”, apontou.

A sul-mato-grossense apontou que, por mais que alguns focos sejam de origem acidental, o governo tem uma noção que parte deles surgiram a partir do desmatamento criminoso, com o uso de fogo para facilitar a prática. “Sabemos que muitos casos são de incêndio acidentais, é alguém que está manejando e naquela atividade deixa o fogo alastrar, mas tem muito da mão do homem criminosa”, comentou.

Sob as críticas na demora de resposta do governo federal, Simone rebateu. “Estamos monitorando isso desde o ano passado”, afirmou, detalhando que o governo está trabalhando a praticamente um ano para combater o fogo na região.

Na questão de orçamento, a ministra reforçou o compromisso do governo federal em apoiar Mato Grosso e Mato Grosso do Sul no combate às chamas, mas apontou que é necessário que os responsáveis sejam punidos e haja conscientização contra queimadas no bioma.

“Orçamento não vai faltar, mas nenhum orçamento, nenhum dinheiro do Brasil ou de organismos internacionais vai ser o suficiente se nós não tivermos uma campanha de conscientização e responsabilização para os incêndios criminosos no Pantanal e biomas brasileiros”.

Simone ainda noticiou que recebeu “carta branca” de Lula para que mais fundos, pessoal e veículos fossem enviados ao Estado caso necessário, além de aponta que, no total, 8 ministérios fazem parte das ações de combates às chamas, e se espera que outros ministros tenham agenda no Estado.

 

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