Inspirada no termo grego prólèpsis, que significa “antecipação”, a Operação Prolepse tem colocado em prática exatamente o que seu nome propõe: prevenir incêndios florestais por meio de ações antecipadas e estratégicas em áreas críticas de Mato Grosso do Sul.
Executada pela Polícia Militar Ambiental (PMA), a operação já apresenta resultados significativos, com queda expressiva no número de queimadas em regiões que concentraram focos no ano passado.
Um dos exemplos mais emblemáticos é o do distrito de Águas de Miranda, no município de Bonito, que em 2024 registrou grande número de incêndios florestais nas proximidades do posto da Polícia Militar Rodoviária (PMR), no km 21 da rodovia MS-345.
Em 2025, nenhuma queimada foi registrada na área, que recebeu 275 visitas da PMA até junho, número próximo ao total do ano anterior (289).
Em todo o Estado, foram realizadas 844 visitas a propriedades rurais, superando as 630 de 2024. Além do aumento no volume, a qualidade e o foco das abordagens também evoluíram, segundo a coordenação da PMA.
“As visitas que a PMA fez aqui foram muito boas. Aprendemos a limpar beiradas de cerca, cuidar da reserva legal e nos organizar antes da seca. Agora temos mais segurança e consciência”, relatou Ricardo Batista da Silveira, morador da Fazenda São Sebastião do Gravi, no município de Miranda.
Embora permanente, a operação conta com fases de intensificação. Em 2025, a PMA ampliou as ações entre maio e outubro, com metas operacionais para cada uma das 26 subunidades espalhadas pelo Estado, cada uma com, no mínimo, sete visitas mensais nesse período.
Três eixos de ação
A Operação Prolepse está estruturada em três eixos principais:
- Educação e conscientização: aplicação de questionários técnicos sobre práticas preventivas, como uso de aceiros e manejo do solo.
- Regularização ambiental: orientação para adequação de propriedades às normas ambientais.
- Integração comunitária: diálogo com moradores, produtores e usuários das vias, formando redes locais de apoio.
Além disso, a PMA utiliza ferramentas como imagens de satélite, alertas térmicos do sistema BDQueimadas e o SIGIA, um sistema que permite georreferenciamento e coleta de dados diretamente no campo, inclusive sem internet.
Educação ambiental e política pública
Paralelamente à Prolepse, a PMA mantém projetos contínuos de educação ambiental, como o tradicional Projeto Florestinha, criado em 1992 e que hoje atende mais de 380 crianças e adolescentes em Campo Grande, Três Lagoas, Costa Rica e Amambai.
A Prolepse, segundo a corporação, já se consolida como uma política pública permanente de segurança ambiental, ao articular ações educativas, operacionais, tecnológicas e comunitárias para a proteção dos biomas sul-mato-grossenses.
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