Os parlamentares – tanto os federais quanto os estaduais – precisam estar atentos aos seus poderes e principalmente às obrigações dos postos que ocupam. Se assim se mantiverem, dificilmente alguém conseguirá espaço para intrujar o poder paralelo. A Constituição define Executivo, Legislativo e Judiciário como poderes da República. Tudo o que se criar abaixo disso, só poderá funcionar como acessório e coisa de menor importância, principalmente se os poderes constituídos estiverem cumprindo com suas obrigações. O Legislativo, quando bem exercido, é o mais forte e representativo dos poderes, pois emana direto do povo. Mas, infelizmente, no atual estado de coisas, seus membros não têm a devida força, porque trocam seu poder por cargos e benesses oferecidas pelo governo na constituição da discutível “base aliada”. Perdem a representatividade e o apoio popular e, em consequência disso, pode entrar o poder paralelo, em razão do vácuo de autoridade criado com essa nefasta barganha.
Os operadores da democracia brasileira têm pecado continuamente ao negligenciar o exercício do poder que lhes é conferido pelo voto e pela Constituição. Nesse ambiente de permissividade e fraqueza da autoridade, crescem facções criminosas, movimentos radicais e contestações de diferentes matizes. Verdadeiros crimes são cometidos e nada acontece aos criminosos. Em vez de fortalecer as próprias estruturas, membros do governo e de segmentos políticos trabalham para legitimar os atos dos que agem ao arrepio da lei. Os movimentos sociais e até os conselhos em discussão podem e até devem existir, mas jamais extrapolar e nem cometer ilegalidades. Suas bandeiras têm de ser claras e respeitadas, mas todas as vezes que radicalizam, promovem o caos e a baderna, precisam ser contidos e exemplarmente punidos. Sem isso, o descontrole social será inevitável...
Tenente Dirceu Cardoso Gonçalves - dirigente da ASPOMIL (Associação de Assist. Social dos Policiais Militares de São Paulo)Reportar Erro
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