A festa do Botafogo campeão carioca foi bacana. Osvaldo de Oliveira e rapaziada mereceram o título, sem necessidade dos dois jogos da decisão, ao venceram com brilho os dois turnos da competição – o segundo, sobretudo, só com vitórias. Souberam aproveitar da fragilidade de Vasco e Fla, além do desinteresse do Flu, e se deram bem.
Mas o que me chamou a atenção foi a animação de Clarence Seedorf. O holandês desembarcou por aqui, no meio do ano passado, para o que parecia uma aventura maluca, tentativa descontraída de curtir a fase final de brilhante carreira. Não faltou quem duvidasse que o moço aproveitaria o convite do Botafogo para aproveitar melhor o sol do Rio, cidade com a qual tem forte ligação, pois é casado com uma carioca.
Já no Brasileiro de 2012, Seedorf, 36 anos e muita rodagem, mostrou que não estava para brincadeiras: foi um dos melhores do time. Em muitos momentos, sobrou, pela categoria que o tempo só fez apurar. Manteve o ritmo neste começo de temporada, ao comandar o time em campo na conquista da Taça Guanabara, Taça Rio e estadual.
Seedorf vibrou feito juvenil recém-promovido na noite deste domingo, depois da vitória por 1 a 0 sobre o Fluminense, clássico no qual mandou uma bola no travessão. Participou das comemorações com os companheiros, cantou na chegada a General Severiano e chorou. Se tem coisa que me comove é marmanjo emocionado! Ainda mais quem faturou títulos europeus a torto e a direito.
O camisa 10 se comportou como amador, no melhor sentido da palavra. Exemplo bonito, lição de vida para jovens que muitas vezes se consideram no auge e logo se desinteressam pela profissão. Seja qual for a atividade que exerçam. Ele ensinou que sempre há o que aprender, o que aprimorar e o que brindar.
Seedorf mostrou que para no tempo apenas quem quer.
Do Estadão, via Advivo
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