A família do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, morto após ser atropelado pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, que dirigia um Porsche em alta velocidade em São Paulo, entrou com um pedido para pagamento de R$ 5 milhões de indenização por danos.
Além do valor, que deve ser pago à família do motorista de aplicativo, os advogados também pedem que Sastre pague prestações alimentares à esposa da vítima e a sua filha adolescente, que vivem em Guarulhos.
“O promotor de Justiça Fernando Bolque manifestou-se a favor da concessão de liminar para que o condutor do Porsche envolvido em colisão no dia 31 de março em São Paulo seja obrigado a pagar pensão provisória de três salários mínimos a familiares do motorista de aplicativo morto com o choque entre os automóveis”, informou o Ministério Público de São Paulo (MPSP).
O acidente
Na noite do dia 31 de março, o empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos, dirigia um Porsche 2023, avaliado em mais de R$ 1 milhão, na traseira de outro veículo, um Renault Sandero, na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé, em São Paulo.
Segundo testemunhas, o empresário seguia pela via, que tem limite de 50 km/h, em alta velocidade, quando perdeu controle do veículo de luxo ao fazer uma ultrapassagem, e acabou se chocando contra a traseira do veículo.
O motorista aplicativo Ornaldo da Silva Viana, de 52 anos, chegou a ser resgatado, com parada cardiorrespiratória, e encaminhado para Hospital Tatuapé, no entanto, não resistiu aos ferimentos e veio a óbito.
Logo após o acidente, Fernando se negou a fazer o teste do bafômetro e deixou o local do acidente. Foi só na última sexta-feira (3) que a Justiça determinou a prisão preventiva do empresário, atendendo a um recurso do Ministério Público de São Paulo (MPSP).
Policiais foram até a residência de Sastre no último sábado (4), mas ele não foi localizado.
Ele se apresentou na delegacia somente na segunda-feira (6), quando foi preso. Na data, ele estava foragido há três dias.
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