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Mãe encontra filha dada como morta em incêndio 6 anos depois: 'me reconheceu em festa'

A menina tinha 10 dias quando foi sequestrada por uma amiga da família

23 julho 2025 - 19h24Brenda Assis

Imagine viver anos acreditando que perdeu uma filha em um incêndio... e, de repente, reencontrá-la, por acaso, em uma festa infantil. Parece roteiro de filme? Mas foi exatamente isso que aconteceu com Luz Cuevas, uma mãe da Filadélfia, nos Estados Unidos.

Tudo começou em dezembro de 1997, quando a casa de Luz e Pedro Vera pegou fogo. A tragédia deixou uma marca profunda na família: Delimar, a bebê de apenas 10 dias que dormia no andar de cima, foi dada como morta. Nenhum vestígio foi encontrado pelos bombeiros, e o laudo oficial concluiu que ela havia sido consumida pelas chamas.

Mas Luz nunca acreditou nessa versão. Mesmo diante de laudos, restos de colchão queimado e a dor da perda.

Seis anos se passaram até que, em 2004, tudo mudou. Em uma festa de aniversário, Luz viu uma menina com as mesmas covinhas da filha. A intuição falou mais alto. Sem hesitar, arrancou um tufo de cabelo da criança e iniciou um processo que mudaria para sempre a história de todos os envolvidos.

O teste de DNA confirmou: a menina, que se chamava Aaliyah e vivia com outra família, era, na verdade, Delimar Vera. A bebê não havia morrido, havia sido sequestrada no dia do incêndio.

A sequestradora? Carolyn Correa, conhecida da família, que naquele dia esteve na casa dizendo que precisava usar o banheiro. Minutos depois que ela saiu, o quarto de Delimar estava em chamas. Carolyn chegou a forjar uma gravidez e apresentou Delimar como sua filha recém-nascida, inclusive com documentos falsos.

Durante os anos seguintes, Delimar levou uma vida aparentemente normal, sem saber de nada. Era criada como a filha caçula, frequentava escola, fazia testes para comerciais e vivia cercada de irmãos. "Eu amava Carolyn. Era divertida e carismática", contou Delimar, hoje adulta em um episódio do podcast Que História, da BBC News Brasil.

Carolyn foi condenada por sequestro e sentenciada a pelo menos 9 anos de prisão. Ainda hoje, a identidade do cúmplice que ajudou a tirar Delimar pela janela na noite do incêndio segue sem resposta. "Sabemos que alguém me tirou do berço, me levou pela janela e sumiu noite adentro", afirma Delimar.

"Sabemos que ela tinha um cúmplice. E eu acho que é alguém que ela protegeria com sua vida. Infelizmente, não sabemos quem é essa pessoa. Isso é frustrante. Carolyn foi levada à Justiça e teve consequências a pagar. Mas essa outra pessoa também deveria pagar pelas consequências. Ela cometeu um crime.", completou.

A transição não foi fácil. Reconectar-se com a família biológica após seis anos de vida em outra realidade foi confuso e doloroso. "Foi estranho, no começo. Porque, mesmo com todo afeto, todo o amor que eu recebia, eu continuava me sentindo como se fosse uma estranha ali. Eu ansiava por afeto e aceitação. Mas eu ainda sentia um pouco a falta da primeira família. Achava que um parte de mim tinha ficado com eles.", disse ela.

Na adolescência, o choque entre o passado e o presente gerou crises. Delimar teve conflitos com os pais, fugiu de casa, largou a escola e passou um período sob a guarda do Estado. Mas, com o tempo, conseguiu reconstruir os laços, principalmente com sua mãe, Luz. 

"Acho que nunca estivemos tão próximas como agora. Honestamente, ela é minha melhor amiga e, você sabe, somos daquelas pessoas que ligam uma pra outra só para fazer companhia, ou para perguntar 'o que você tá fazendo'? 'Ah, eu tô lavando louça'.", finalizou

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