O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT) como nova ministra da Secretaria de Relações Institucionais, substituindo Alexandre Padilha (PT), que assume o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade.
A movimentação faz parte da quinta rodada de mudanças no governo e busca reforçar a articulação política com o Congresso.
Hoffmann será responsável pela articulação política do governo com o Congresso Nacional, uma função essencial para a governabilidade. Inicialmente, a deputada era cogitada para assumir a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada por Márcio Macêdo (PT).
A expectativa era de que o cargo de Padilha fosse preenchido por um dos líderes do governo, como José Guimarães (PT-CE), na Câmara, ou Jaques Wagner (PT-BA), no Senado.
Lula optou por um nome de confiança para a pasta, que tem sido alvo de críticas devido às dificuldades na interlocução entre o Executivo e o Legislativo. A gestão de Padilha enfrentou atritos com o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), e a chegada de Gleisi pode redefinir essa relação.
Apesar da proximidade com o presidente e boa relação com ministros, Hoffmann enfrenta resistência no Centrão e em parte da base aliada não petista. Seu nome não é considerado "aglutinador", característica que o governo busca para melhorar a negociação com o Congresso.
A nomeação de Gleisi impacta diretamente a liderança do PT. As eleições para a presidência da legenda estão marcadas para o meio do ano, e José Guimarães desponta como favorito da ala nordestina, que reivindica mais representatividade.
Caso ele tivesse sido escolhido para o ministério, sua candidatura poderia ser inviabilizada.
A mudança de Hoffmann para Relações Institucionais amplia para 10 o número de mulheres no primeiro escalão do governo entre os 38 ministérios. No entanto, analistas apontam que essa reforma ministerial dificilmente garantirá uma aliança automática para as eleições de 2026.
O apoio do Centrão e de outras forças políticas dependerá mais da popularidade de Lula e da imagem do governo do que das pastas ocupadas.
Principais mudanças na Esplanada
Desde julho de 2023, o governo Lula realizou diversas alterações em sua equipe ministerial:
- Ministério do Turismo: Daniela Carneiro (União-RJ) foi substituída por Celso Sabino (União) a pedido do partido.
- Ministério do Esporte: Ana Moser saiu para dar lugar a André Fufuca (PP), em uma tentativa de aproximar o governo do Centrão.
- Ministério de Portos e Aeroportos: Márcio França (PSB) foi transferido para o Ministério do Empreendedorismo, abrindo espaço para Silvio Costa Filho (Republicanos).
- Ministério dos Direitos Humanos: Silvio Almeida deixou o cargo após acusações de assédio sexual feitas pela ministra Anielle Franco (Igualdade Racial). Macaé Evaristo assumiu a pasta.
- Secretaria de Comunicação (Secom): Paulo Pimenta saiu e foi substituído pelo publicitário Sidônio Palmeira, em uma tentativa de melhorar a imagem do governo.
- Ministério da Saúde: Nísia Trindade deixou o cargo e foi substituída por Alexandre Padilha, que estava na Secretaria de Relações Institucionais.
A reforma ministerial segue em curso, e novas mudanças ainda são esperadas no governo nos próximos meses.
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