Todos os anos, em 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial da AIDS. Pessoas em todo o mundo se unem para mostrar apoio às pessoas que vivem com HIV e para lembrar de quem se foi por doenças relacionadas à AIDS. Na Capital, há registros de pelo menos 5.852 pessoas convivendo com HIV/Aids, deste total, 280 tiveram diagnóstico de HIV em 2020, e 108 com Aids, que é quando o não tratamento da pessoa evolui para o adoecimento.
Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), no ano seguinte foram 309 diagnósticos de HIV e 159 de Aids. Já neste ano, até o dia 23 de novembro, 198 pessoas receberam o diagnóstico de HIV e 110 de Aids. “É importante reforçar que os diagnósticos de Aids não estão diretamente relacionados com os de HIV, uma vez que a pessoa pode já ter conhecimento de que convive com o vírus, mas não está adoecida e não faz o tratamento e, tempos depois, descobre que possui a síndrome também”, esclareceu a Secretaria.
Outro dado preocupante é o número de abandonos de tratamento, que é quando a pessoa fica mais de 100 dias sem retirar a medicação. No ano de 2021 eram 663 pessoas que deixaram de fazer tratamento, neste ano são 722 até o momento. “Reforçamos aqui, também, que não são casos novos e, muito menos, a diferença entre os dados dos dois anos resulta no número de novos abandonos, uma vez que o paciente que deixou o tratamento pode retornar a qualquer momento, sendo excluído da lista, assim”.
Em Campo Grande qualquer unidade básica pode realizar atendimento da Pessoa Vivendo com HIV/Aids, desde que apresente os seguintes critérios: diagnóstico novo de HIV; Contagem de linfócitos T CD4 + ACIMA de 350 cel/mm³; Ausência de comorbidades associadas à imunodeficiência. “Para o cuidado das pessoas com Aids Avançada, estes devem ser acompanhados nos Serviços de Especialidade (CEDIP-Nova Bahia, HUMAP-Hospital Dia Esterina Corsini e Centro de Testagem e Aconselhamento)”, orienta a Secretaria.
Cada Dia Mundial da AIDS se concentra em um tema específico. O de 2022 é “Equidade já”. O tema deste ano é um chamado para que cada pessoa, organização, instituição e governos se sintam encorajadas a se contrapor às desigualdades sociais que são uma barreira aos avanços para acabar com a AIDS como ameaça à saúde pública até 2030.
A fita vermelha, usada na data, é símbolo universal de conscientização, apoio e solidariedade com as pessoas que vivem com HIV e uma forte simbologia para que este grupo de pessoas se façam ouvidas sobre questões importantes de suas vidas.
O Dia Mundial da AIDS permanece tão relevante na atualidade como sempre foi lembrando às pessoas e aos governos que o HIV não desapareceu. Na Capital, desde 2019 a população pode contar com a opção inovadora do kit de autotestagem para HIV. De modo prático, e com o objetivo de ampliar o acesso a jovens gays e de outros homens que fazem sexo com homens (HSH) à testagem anti-HIV, o indivíduo pode realizar o teste de forma sigilosa.
Importante lembrar que não se pega HIV por meio de beijo, aperto de mão, abraços, contato com fluidos corporais (lágrimas e suor), piscina e ar, portanto, não há motivo para afastar-se de uma pessoa soropositiva.
Como solicitar o autoteste na Capital?
Ao acessar o site, os usuários poderão solicitar o kit de testagem e retirá-lo no Pátio Central Shopping, localizado no Centro de Campo Grande, com funcionamento das 8h às 19h. Com isso, poderão realizar o autoteste em casa ou em outro local em que se sintam confortáveis.
No site, também é possível encontrar informações sobre prevenção ao HIV e uma calculadora de risco de infecção que fornece um resultado com base nos comportamentos relatados, além de opções para o recebimento de um kit com o teste de fluido oral ou um kit com teste de sangue para o HIV.
As instruções para a autotestagem estarão disponíveis na bula do teste e na plataforma que dará acesso aos vídeos demonstrativos sobre a forma correta de fazer o teste e conferir o resultado.
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