Reconhecido mundialmente como o mês de conscientização do lipedema, junho — o chamado “junho roxo” — reforça a importância de se falar sobre uma doença crônica, progressiva e ainda pouco conhecida pela população: o lipedema.
Um distúrbio que afeta quase exclusivamente mulheres e que pode estar presente em até 11% delas, muitas vezes sem diagnóstico.
Para esclarecer dúvidas e ampliar o conhecimento sobre o tema, a nutricionista Camila Vargas alerta para os principais sinais e desafios relacionados ao lipedema, destacando a importância da informação e do tratamento multidisciplinar.
“O lipedema é caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura, principalmente nos membros inferiores e superiores, como coxas, pernas e braços. Esse tecido adiposo é diferente da gordura da obesidade, pois permanece mesmo com a perda de peso e está associado a dor, inchaço, hematomas espontâneos e desconforto físico e emocional”, explicou a especialista.
Além dos sintomas físicos, o lipedema também traz impactos psicológicos importantes. Camila ressaltou que mulheres com a doença frequentemente apresentam crises de ansiedade, alterações de humor e, em casos mais graves, até depressão.
A piora costuma ocorrer em fases hormonais específicas, como a gestação e a menopausa.
De acordo com Camila, o principal entrave para o tratamento do lipedema é a falta de diagnóstico. Isso ocorre porque muitas pacientes confundem os sintomas com excesso de peso ou obesidade.
"A gordura do lipedema é inflamada e resistente. Mesmo emagrecendo, os sintomas persistem. E, importante dizer, mulheres magras também podem ter lipedema", destacou.
Uma vez diagnosticado, o tratamento envolve mudanças significativas no estilo de vida. A nutricionista destacou que alimentação anti-inflamatória e atividade física orientada são essenciais para controlar a progressão da doença e aliviar os sintomas.
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Camila Vargas (Diego Munhoz)




