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Saúde

Médico diz que aulas devem esperar

Eduardo Marcondes vê com reserva qualquer possibilidade de retorno à sala de aula

10 agosto 2020 - 16h58Joilson Francelino    atualizado em 10/08/2020 às 17h03

O pediatra e especialista em saúde pública, Eduardo Marcondes, considera precipitada a possibilidade de retorno, no início de setembro, das aulas presenciais nas escolas da rede pública de ensino de Mato Grosso do Sul. O médico que também já comandou a saúde em Dourados faz varias ponderações reforçando sua visão de que a volta das aulas presenciais, notadamente nas creches e na rede como um todo, pode ocasionar uma “explosão” de surtos da Covid-19. 

Para Marcondes a “escola tem a missão de planejar esse retorno, mas não sozinha”. Ele defende que haja “ intersetorialidade” para desenvolver um plano político/pedagógico de volta às aulas viável e seguro. “Em especial se tratando de escolas, onde o comportamento é imprevisível e o número de assintomáticos é inestimável, a possibilidade de contágio é exponencial. Uma possível volta nesse momento, quando se vislumbra que o pico da pandemia deve ser dar nos próximos quinze dias, vai refletir daqui a três ou quatro semanas no aumento ainda mais expressivo dos casos”, alertou.

Marcondes ainda ressalta que as crianças têm menos pré-disposição a apresentar sintomas, por isso a entrada delas nas escolas pode trazer um risco maior a quem está lidando com elas. De 70% a 80% das crianças infectadas evoluem de forma assintomática ou com sintomas leves, como se fosse um resfriado comum. Antes se pensava que as crianças transmitiam menos a Covid-19 do que outros pacientes. A evolução do conhecimento sobre a doença mostrou que as crianças transmitem tanto quanto os adultos. Inclusive já houve óbitos de bebês com Covid-19.

A superlotação das classes e falta de estrutura são problemas, segundo o médico, históricos da educação brasileira que podem se agravar com o retorno às aulas. Por outro lado, Marcondes alerta que além fato de os pais não poderem colaborar com a mediação da educação dos filhos, algo que o ensino remoto exige, muitos não têm com quem deixar as crianças. O fato aumenta a pressão da volta às aulas presenciais antes da epidemia ser controlada.

“O importante é professores, estudantes, pais e demais membros da comunidade seguros e vivos. A reabertura das escolas não precisa ser de uma hora para a outra. Há tempo para elaborar com cuidado a retomada e sobretudo entender como voltar”, afirma o pediatra que emenda ser ideal que as aulas permaneçam suspensas por segurança. Para ele, a volta deve estar baseada no controle dos casos da doença em cada região, segundo avaliação sobre a transmissão local do vírus e de possíveis novas ondas da pandemia.

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