O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta quinta-feira (4) que o país jamais deveria quebrar patentes de medicamentos, uma vez que isso prejudica a inventividade e o tempo gasto pela iniciativa privada com pesquisas e pesquisadores. Citando documento produzido pela Convenção de Genebra, Mandetta defendeu ainda maior transparência no cálculo dos preços cobrados por medicamentos.
A afirmação foi feita durante a abertura do Seminário Interfama - Inovação Tecnológica na Saúde e o Valor para o Paciente, em Brasília. Ao se dirigir a representantes do setor de saúde, o ministro disse ser o setor privado que produz, cabendo ao governo o papel de estimular iniciativas de produção.
“O Ministério da Saúde tem grande expectativa em relação ao setor. O século 21 será maravilhoso para se viver. Cada um de vocês pode estar na iminência de anunciar mais um passo; mais um avanço. Após decifrarmos o genoma e colocarmos esse quebra-cabeça à disposição da ciência e da indústria farmacêutica, sabíamos de antemão que teríamos o século de inovações na área genética”, disse o ministro
Diante do cenário, Mandetta defendeu a criação do Instituto Brasileiro de Genética, o aumento do número de geneticistas e dos estudos sobre o assunto no país. “Não podemos ficar com a dependência tecnológica tão perigosamente elevada”, afirmou.
Nesse sentido, ele disse que a quebra de patentes de medicamentos pode prejudicar os investimentos no setor. “Não é bom ameaçar quebras de patente. O país jamais deveria fazer isso. Temos de zelar pela inventividade e pelo tempo gasto no balcão de pesquisa e no balcão dos nossos pesquisadores. Sei que cada um de vocês gasta hoje algumas centenas de milhares de dólares para fazer seus sistemas de compliance [para estar em conformidade com leis e regulamentos], e que essa palavra passou a ser obrigatória nas empresas.”
Mandetta lembrou que o documento final, assinado por muitos dos países participantes da Convenção Mundial da Saúde em Genebra, pede mais transparência na confecção de preços de medicamentos. Segundo ele, isso será necessário “para que possamos enfrentar o início dessa revolução de maneira adequada e equilibrada”.
Reportar ErroDeixe seu Comentário
Leia Também

Santa Casa da Capital teve 125 internações por queimaduras entre janeiro e maio

Nelsinho anuncia repasse de R$ 5,3 milhões para Santa Casa da Capital

Idosos são os mais atingidos por infecções do vírus da gripe

Para receber R$ 46 milhões, Santa Casa terá que aguardar na fila de precatórios

Tá na lista? Quatro bairros da Capital recebem "visita" do fumacê nesta segunda-feira

Frio causa gripe? Ciência revela o que muda com quedas de temperatura

Capital tem plantão para vacinação contra Influenza; confira locais

Adolescente de 15 anos morre após ter tosse por 4 meses depois de começar a usar vape

Ministério da Saúde amplia atenção primária em MS com novas equipes e serviços
