Menu
Menu
Busca sexta, 26 de abril de 2024
Cidade

"Lei do Silêncio" deverá ter zoneamento

A audiência pública sobre o tema ocorrida nesta segunda ouviu autoridades, trabalhadores e população

17 dezembro 2018 - 13h16Rayani Santa Cruz    atualizado em 17/12/2018 às 14h11

Na manhã desta segunda-feira (17), a "Lei do Silêncio", um dos temas mais polêmicos do segmento de eventos na capital nos últimos dias, foi debatida em audiência pública realizada na Câmara Municipal de Campo Grande. População, músicos, empresários e demais trabalhadores do período noturno e que sobrevivem na noite campo-grandense estiveram no local e se posicionaram a respeito do assunto.

A audiência proposta pelo vereador João César Mattogrosso (PSDB), presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Agropecuária e Turismo do legislativo municipal, teve como intuito também debater a questão da lei de ordenamento do uso e da ocupação do solo, ou seja, a questão de zoneamento onde os estabelecimentos são instalados.

De acordo com o vereador João César Mattogrosso, a audiência pública cumpriu o papel de ouvir todos os setores e abriu para o diálogo entre a população que é contra e os que são a favor. E, para ele, é fundamental que Campo Grande tenha uma legislação que esteja de acordo com o crescimento da cidade, atendendo a todos os anseios com muito bom senso.

“A gente discutiu muito mais a questão de ordenamento do uso do solo, da permissão de estabelecimentos estarem em algumas regiões. Precisamos estudar e criar uma legislação e discutindo com o secretário [de meio ambiente] observamos que dentro do Plano Diretor, já não terá mais zoneamento específico, ou seja, em toda a cidade será permitido o uso de som, mas, dependendo do volume dos decibéis terá que ter algum tipo de tratamento, assim poderemos ter bares e restaurantes em todas as zonas de Campo Grande, respeitando a legislação”, explicou o parlamentar.

Segundo Mattogrosso, os próximos passos, para amenizar a situação  entre o empresariado que se sente prejudicado, é reuni-los com Executivo e talvez elencar um termo de compromisso dando prazo para aqueles estabelecimentos que ainda não tem um tratamento acústico, conseguir se adequar.

Para o promotor da 34ª Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, Luiz Antônio Freitas de Almeida, faz parte de a democracia dialogar para que a solução possa contemplar todos os setores. Ele explicou que o papel do Ministério Pública é fazer cumprir a lei, e essa existe há mais de 30 anos. “A Constituição prevê direitos e pelo controle fundamental dessas normas não é possível mudar a lei. A questão dos decibéis é determinada pela União, por isso que quanto foi feito a alteração pelo legislativo municipal em 2014, o MP propôs uma ação de inconstitucionalidade, pois, isso não é competência  legislativo municipal”. 

Dialogo e bom senso foram as palavras mais usadas e no geral as autoridades entendem que com tratamento acústico e auxílio aos empresários, bares e restaurantes terão menos dificuldades para funcionar na capital.

O presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul (Abrasel) Juliano Wertheimer, falou mais uma vez que os empresários são legalistas, querem cumprir a lei e trabalhar. Para ele, é fundamental que haja mudanças que avancem o setor, assim como no crescimento da cidade para que não haja desemprego e falência de bares e restaurantes.

Reportar Erro

Deixe seu Comentário

Leia Também

Foto: Reprodução/TV Globo
Cidade
Feriadão com dinheiro na mão: Prefeitura adianta pagamento de abril
Prefeitura realiza café com Conselheiros Regionais do Imbirussu no sábado
Cidade
Prefeitura realiza café com Conselheiros Regionais do Imbirussu no sábado
Dia do Trabalhador: feriado ou ponto facultativo? O JD1 explica!
Cidade
Dia do Trabalhador: feriado ou ponto facultativo? O JD1 explica!
Prefeitura contrata empresas para reforma de terminais de ônibus em Campo Grande
Cidade
Prefeitura contrata empresas para reforma de terminais de ônibus em Campo Grande
Vítima de assédio sexual em ônibus do Consórcio Guaicurus será indenizada em R$ 15 mil
Justiça
Vítima de assédio sexual em ônibus do Consórcio Guaicurus será indenizada em R$ 15 mil
Foto: Sarah Chaves/JD1
Cidade
Prefeitura publica lista de moradores do Mandela pendentes em sorteio de lotes
Waldecy Batista Nunes, o "Chocolate" -
Cidade
Ex-vereador "Chocolate" assume cargo na Câmara Municipal de Campo Grande
Fumacê
Cidade
Los Angeles e Jardim Seminário são foco do fumacê nessa terça
Trabalhadores seguem realizando reparos pela cidade
Cidade
Prefeitura segue com limpeza e manutenção de vias de Campo Grande
Agente de trânsito orientando sobre vias bloqueadas
Cidade
Confira as ruas interdições desta semana pela Agetran em Campo Grande

Mais Lidas

Ronaldo Sorana
Entrevistas
JD1TV: Sicredi inaugura "super agência" na sexta
Instituto Paraná Pesquisas divulgou os resultados de uma pesquisa de intenções de votos para a Prefeitura de Campo Grande
Geral
Paraná Pesquisas mapeou eleição na Capital
Carlos Teixeira, de 13 anos, morreu depois de ser vítima de bullying
Polícia
Depois de fazer bullying e matar adolescente, "coleguinhas" de escola fogem de SP
Fachada do TCE-MS
Interior
TCE 'barra' chamamento público de R$ 12 milhões para gerenciamento de saúde em Selvíria