A prisão, a soltura quase imediata e o afastamento do presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, da direção da entidade causou um "racha" e discordância no Ministério Público. No julgamento do recurso da defesa, um procurador da República discordou do colega do Ministério Público, afirmando que a medida era “absurda” e “ilegal”, segundo o site Poder 360.
O noticiário online afirma que teve acesso à transcrição na íntegra do que o procurador da República Joaquim Dias, disse, no dia 16 de maio, e que o mesmo posicionou-se a favor do retorno de Andrade à direção da CNI, sendo totalmente contra a prisão e o afastamento dele.
Para Dias, não havia evidência de que Andrade pudesse causar obstáculos a investigação. “A medida é de fato ilegal, o impetrante foi preso provisoriamente e, no entanto, após a prisão foi indicada uma série de medidas cautelares que não cabiam ao caso”, disse. “É um absurdo que deve ser combatido, a Justiça tem que estar atenta para esses casos. Processo investigativo de 2014 enseja na prisão de alguém, e basta a prisão, mesmo que ela seja revogada ligeira, mas já constitui um fato que para a pessoa é de toda sorte uma medida que vai denegri-la, enxovalhar. Isso tem que acabar. Embora eu seja do Ministério Público, mas sou contra isso, sou contra isso veementemente”, disse o procurador.
Dias discordou totalmente de colega do MP que defendia a prisão e o afastamento do presidente. O inquérito está na Justiça Federal. O Ministério Público poderá oferecer denúncia ou pedir o arquivamento do caso.
Relembre
A "Operação "Fantoche" foi deflagrada no dia 19 de fevereiro, sob o comando da Superintendência da PF, em Pernambuco. Agentes cumpriram 40 mandados de busca e apreensão e dez mandados de prisão temporária em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.
A operação investigou suposto esquema para liberar, recursos para contratos entre o Ministério do Turismo e o Sistema S. Em MS, a equipe da PF esteve na Casa da Indústria buscando informações sobre projetos executados entre 2010 e 2013. Com isso, porém, as buscas realizadas no estado e que fazem parte da mesma investigação, também podem ter sido parte de um erro judiciário.
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