Milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participaram, neste domingo (3), de um ato na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Convocada por aliados do ex-presidente, a manifestação também ocorreu em outras cidades do país e teve como principal pauta a anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, episódio considerado o maior atentado às instituições da República desde a redemocratização.
Durante o protesto, os manifestantes entoaram palavras de ordem como “Fora Lula” e “Fora Moraes”, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A manifestação contou com simbolismo nacionalista, com muitas bandeiras do Brasil, camisas verde-amarelas e também bandeiras dos Estados Unidos.
Um dos destaques do ato foi a participação do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, que discursou no carro de som.
Flávio chegou a colocar o pai no viva-voz do celular, permitindo que o ex-presidente falasse brevemente com os apoiadores. Bolsonaro, no entanto, não pôde comparecer presencialmente por estar cumprindo medidas restritivas impostas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que incluem o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de sair de casa aos fins de semana.
Recentemente, Jair Bolsonaro passou a ser réu por tentativa de golpe de Estado.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), há novas evidências de que o ex-presidente teria tentado interferir nas investigações em andamento.
Em decisão recente, Moraes considerou que Bolsonaro teria confessado tentativa de extorsão ao condicionar o fim das tarifas impostas pelos Estados Unidos à sua anistia.
O protesto também teve repercussão internacional.
O ex-presidente norte-americano Donald Trump, atualmente em campanha para retornar à Casa Branca, afirmou ter enquadrado o ministro Alexandre de Moraes na chamada Lei Magnitsky, instrumento jurídico dos EUA que permite impor sanções a estrangeiros acusados de violar direitos humanos ou envolvimento em corrupção.
Trump também anunciou tarifas de 50% às exportações brasileiras, alegando suposta interferência do Judiciário brasileiro, o que provocou reações políticas no Brasil.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), também esteve presente na manifestação e discursou ao lado de outros políticos aliados do ex-presidente, reforçando críticas ao governo federal e ao Supremo Tribunal Federal.
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