Lançado com o objetivo de democratizar o acesso ao transporte aéreo no país, o programa Voa Brasil comercializou apenas 1,5% do total de passagens ofertadas em seu primeiro ano de vigência.
De julho de 2024 a julho de 2025, foram vendidas cerca de 45 mil passagens, de um total de três milhões de bilhetes disponibilizados por meio da iniciativa.
O Voa Brasil foi idealizado para oferecer passagens a até R$ 200 para pessoas que não costumam viajar de avião, utilizando assentos ociosos em voos com baixa ocupação.
Neste primeiro ciclo, o programa teve como público-alvo os aposentados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que não realizaram viagens aéreas nos últimos 12 meses. A adesão não exigia comprovação de renda.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, os destinos mais procurados pelos beneficiários do programa foram São Paulo (12.771 emissões), Rio de Janeiro (3.673) e Recife (3.509). Outros destinos incluíram capitais como Fortaleza, Salvador, João Pessoa, Maceió, Belo Horizonte e Natal.
As regiões Sudeste e Nordeste concentraram a maior parte das reservas, com 43% e 40% respectivamente. No total, os aposentados voaram por 510 trechos diferentes. Os mais movimentados foram entre São Paulo e capitais nordestinas, como Recife, Salvador e Fortaleza.
Também houve demanda por trechos de longa distância, como Porto Alegre/Recife e São Paulo/Fernando de Noronha, além de percursos curtos, como Rio/São Paulo e Salvador/Porto Seguro.
Lançamento e operacionalização
O Voa Brasil foi anunciado em março de 2023 pelo então ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), mas só começou a operar em julho de 2024, já sob a gestão de seu sucessor, Silvio Costa Filho (Republicanos), que assumiu a pasta em setembro do mesmo ano.
O programa não implica em custos diretos para o governo federal. A estratégia foi construída por meio de um acordo com as companhias aéreas, que se comprometeram a ofertar os bilhetes com preços reduzidos para passageiros que estivessem há pelo menos um ano sem viajar.
O governo argumenta que o modelo é viável por utilizar assentos que, de outra forma, seguiriam vazios nos voos.
Apesar da baixa adesão inicial, o Ministério ainda avalia os dados do primeiro ano como fase de implantação e não descarta a expansão do programa para outros públicos no futuro.
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