O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, disse nesta terça-feira (16) que houve censura na decisão do ministro Alexandre de Moraes para a remoção da reportagem “O amigo do amigo do meu pai”, da revista “Crusoé” e ao site “O Antagonista”.
Para Marco Aurélio, a remoção do conteúdo dos sites jornalísticos “é inconcebível”. “Prevalece à liberdade de expressão, para mim é censura”, declarou o ministro ao Estadão/Broadcast. O ministro disse ainda que “não viu nada de mais no que foi publicado com base em uma delação”. “O homem público é, acima de tudo, um livro aberto. A remoção do conteúdo é um retrocesso em termos democráticos”, avaliou.
Segundo o Estadão, a cúpula da Procuradoria-Geral da República e pelo menos três ministros do STF também criticaram a decisão do ministro por avaliar que o entendimento de Moraes contraria entendimentos recentes do tribunal sobre liberdade de imprensa e abre margem para excessos.
Em defesa, o site sustenta que a reportagem tem como base um documento que consta dos autos da Operação Lava Jato. O empresário Marcelo Odebrecht encaminhou a Polícia Federal informações sobre codinomes citados em e-mails apreendidos em seu computador em que afirma o apelido “amigo do amigo do meu pai” se refere a Toffoli.
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“Não vi nada de mais no que foi publicado”, defendeu o ministro Marco Aurélio (Reprodução)



