Em audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (8), na Câmara Municipal de Campo Grande, a Comissão de Finanças e Orçamento da Casa de Leis questionou a secretária municipal de Fazenda, Márcia Hokama, sobre o Orçamento de 2026 e o Plano Plurianual (PPA). Entre as principais cobranças, os vereadores se concentraram em dois pontos principais: o alto gasto com pessoal e a execução das emendas impositivas.
O vereador Otávio Trad, presidente da Comissão, expressou preocupação com o crescimento das despesas relacionadas ao pagamento de servidores municipais, que já representam cerca de 50% do orçamento da cidade. Para ele, essa alta carga de custos compromete investimentos essenciais em infraestrutura e serviços públicos. "Não podemos continuar com quase metade do orçamento destinado a salários, enquanto áreas vitais, como educação e saúde, sofrem com a falta de recursos", afirmou Trad.
Em sua fala, a secretária de Fazenda, Márcia Hokama, reconheceu o aumento nas despesas com servidores, especialmente devido aos reajustes definidos pela gestão anterior. " O aumento vem de gestão anterior e que nós estamos cumprindo agora com algumas situações, principalmente as de professores. E quando se trata de aumento, qualquer que seja, um aumento de 10% pode significar um gasto extra de R$ 17 milhões por mês", destacou Hokama.
A cobrança pela execução das emendas impositivas
Outro ponto central do debate foi a execução das emendas impositivas, aquelas que os vereadores indicam e que a prefeitura é obrigada a cumprir. Trad fez questão de frisar que, embora as emendas sejam previstas no orçamento, muitas ainda não foram cumpridas. "A população nos cobra constantemente. Quando as emendas não são executadas, a frustração é grande, e a nossa relação com a comunidade fica comprometida", explicou o vereador.
Márcia Hokama reconheceu a importância das emendas, mas justificou que a administração municipal enfrenta dificuldades para executá-las devido a limitações fiscais e aumento das despesas com pessoal. Ela afirmou que, apesar disso, a prefeitura está trabalhando para garantir que as emendas sejam cumpridas dentro do possível e com a prioridade adequada.
Orçamento 2026: desafios e expectativas
O orçamento de 2026 para Campo Grande prevê o valor de R$ 6,974 bilhões, um crescimento de apenas 1,49% em relação ao ano anterior A secretária Hokama destacou que a situação fiscal da cidade exige mais controle de gastos e uma melhoria na arrecadação.
Na proposta, consta o detalhamento de todas as receitas e despesas estimadas para o próximo ano, decorrentes da previsão de arrecadação com tributos, transferências e contribuições, especificando onde essas verbas serão aplicadas, como obras, revitalizações de parques e praças, saúde, programas de governo, educação e vários setores.
"Nosso desafio é aumentar a eficiência dos recursos públicos e equilibrar as contas para garantir investimentos em áreas como saúde, educação e infraestrutura", explicou.
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Secretária e comissão durante audiência (Foto: Câmara Municipal)




