As palavras que se misturam, enamoram, encantam. Encanto pela vida, pelo cotidiano, pelo Rio de Janeiro, por Salvador. A facilidade de colocar nas páginas seus mais profundos sentimentos e impressões. Agora, Nataly Moraes, prepara-se para arrebatar os leitores com a sua declaração de amor em forma de crônicas.
Essa mistura de tintas dramáticas que a colorem e, ao mesmo tempo, a insistência dos tons poéticos que brotam, certamente trazem um olhar apaixonado, cuidadoso, refinado, quase lúdico, a uma rotina que, para muitos, beira à monotonia. Mas não para Nataly Moraes, que soube tirar dos pormenores, dos pequenos prazeres, o belo, um diferencial, uma crônica urbana.
Habilidade cada vez mais rara, restrita àqueles que sabem interagir com as palavras. Que encontraram a sua voz em meio a tantas outras, mas também são capazes de usar suas referências na literatura para aprimorá-la.
Em entrevista exclusiva para o JD1 Notícias, Nataly aponta: “ Acho mais fácil emplacar os poemas e crônicas do que o romance. Isso acontece porque modernamente a crônica, mas principalmente, a poesia, se adaptam melhor às novas mídias. Talvez, como produto, a poesia não venda tanto, mas certamente a poesia é muito mais lida do que o romance. Um livro de poemas não encontra espaço no mercado editorial, mas o poema em si viaja o mundo por outros meios.- ressalta.
“O mesmo se pode dizer da crônica. Seja na sala de aula, seja numa exame de vestibular, seja nas páginas de um jornal, seja num blog, seja no youtube, no Facebook, no Instagram, as pessoas leem poemas. É um bem imaterial da humanidade Escrever é um ato solitário. E, para além de solitário, é inadiável. Então, estamos sujeitos à ação de duas forças contrárias: por um lado, a necessidade de dizer algo; por outro, essa força gravitacional que prende a caneta no papel e que impede que ela se mova", conta.
"Li um artigo recente do Imortal Rosildo Barcellos, escritor com 58 livros publicados, que este mês esta lançando sua participação no livro “Púrpura”, na Polônia, comentava sobre um texto do João do Rio, de 1903, que se chama o ‘Brasil lê’. Nesse texto, João do Rio, um dos maiores cronistas do Brasil, reclama das mesmas coisas que reclamamos hoje. Se tirássemos a data e atualizássemos o estilo, poderíamos dizer que foi escrito hoje. Escrever no Brasil é e sempre foi um ato de resistência O segredo está em achar conforto no desconforto!", analisa.
"Poderia dizer que é um exercício fácil, mas é tanta força do corpo todo , para um equilíbrio, resistência… acredito que esse exercício vai muito além Relacionar-se é um desafio dos grandes. Espero deixar isso claro entre estas crônicas. Me conhecer foi o primeiro e maior . Meu projeto de vida. O segundo foi abrir esse espaço. Este livro , se è que posso chamar assim, è um apanhador de sentimentos e pequenices da vida que me deram sentindo para viver uma vida bem vivida. Hoje, se sorrio para o passado, foi por ter aprendido com cada vírgula", conclui.
O novo trabalho de Nataly Moraes pode ser acompanhado pelo link do site https://clubedeautores.com.br/livro/alem-do-que-se-ve
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