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Economia

Alta de combustíveis pressiona inflação

04 abril 2011 - 17h03Arquivo

A inflação na Capital apresentou moderada alta no mês de março, da ordem de 0,38%, em relação a fevereiro devido, principalmente, aos reajustes de preços dos combustíveis, com destaque para o etanol, cujo reajuste neste mês de março foi em média de 10,27%.

“A inflação acumulada nos últimos 12 meses, que foi de 6,56%, continua ultrapassando o limite superior da meta inflacionária do país estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional, de 6,5%. O centro da meta é de 4,5%, com tolerância de 2% para mais ou para menos”, informa o coordenador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Universidade Anhanguera-Uniderp, Celso Correia de Souza.

Dos sete grupos que compõem o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG), somente Despesas Pessoais apresentou deflação (-0,10%).

“Nos outros grupos, os preços reagiram de acordo com o esperado. De modo geral, os valores da carne bovina continuam baixando, principalmente dos cortes mais nobres, como picanha e filé-mignon”, afirma o coordenador do Nepes.

Em março, o grupo Habitação apresentou uma pequena inflação 0,22%, em relação ao mês de fevereiro, devido, principalmente, aos aumentos nos seguintes produtos: DVD 8,95%, Ventilador 7,25%, computador 5,42% e liquidificador 3,24%. Quedas de preços ocorreram com os produtos como lâmpada incandescente (-8,40%), televisor (-6,11%), fogão (-5,97%) e limpa vidros (-4,95%).

Já no grupo Alimentação ocorreu moderada alta de 0,24%. Esse grupo tem um comportamento especial em conseqüência de fatores climáticos ou a sazonalidade de alguns de seus produtos, como no setor de hortifruti.

Alguns produtos aumentam de preço ao término da sua safra, outros diminuem quando entram na safra. Assim, os produtos que mais pressionaram para cima a inflação do grupo foram beterraba 24,13%, cenoura 23,45%, pepino 19,08%, abacaxi 18,70% e alface 17,28%”, explicou. Alguns produtos tiveram quedas significativas de preço como a maçã (-28,35%), chuchu (-16,64%), limão (-14,45%), picanha (-11,75%) e filé-mignon (-10,40%).

No item carnes, foram constatados aumentos de preços de alguns cortes destacando o cupim 10,81%, ponta de peito 5,36%, acém 4,33% e coxão mole 3,95. Os cortes da carne suína apresentaram altas significativas como, por exemplo, a bisteca suína 5,30%, costeleta suína 5,09% e pernil 2,49%. O frango congelado teve aumento de 2,84%% e os miúdos 6,93%. Também no item carnes, além dos cortes citados acima foram constatadas quedas nos preços do lagarto (-8,06%) e contra-filé (-7,69%).

O grupo Transportes, de acordo com o pesquisador do Nepes, José Francisco dos Reis Neto, apresentou forte alta de 1,41%

“Esse índice foi alcançado devido aos reajustes nos preços de combustíveis, com destaque para o etanol que sofreu alta de 10,27%. O pneu novo teve aumento médio de 1,28%, a gasolina de 0,46% e o diesel de 0,24%. A queda de preço neste grupo ocorreu somente com o item automóvel novo (-0,70%)”, informou.

Alta moderada de 0,24% foi constatada no grupo Educação, principalmente pelos artigos de papelarias, com índice de 2,33%. Já o grupo Despesas Pessoais apresentou pequena deflação em seu índice (-0,10%). Registraram alta: absorvente higiênico 3,33%, fio dental 3% e creme dental 2,24%. Queda de preços: xampu (-4,12%), produto para limpeza de pele (-2,71%) e protetor solar (-2,48%).

No grupo Saúde os pesquisadores constataram pequena inflação de 0,37%, destacando com aumento de preços de produtos e/ou serviços os itens: vitamina e fortificante 3,82%, anti-infeccioso e antibiótico 2,86%, antialérgico e broncodilatador 2,81%, analgésico e antitérmico 1,96%. Com queda de preços estão o anticoncepcional e o hormônio (-1,83%), antigripal e antitussígeno (-0,55%), antidiabético (-0,27%) e hipotensor e hipocolesterínico.

Observou-se no grupo Vestuário uma pequena inflação de 0,12%. Ocorreram altas de preços nos produtos como: blusa 9,72%, sapato feminino 7,96%, lingerie 3,80% e sapato masculino 2,61%; outros tiveram redução como: tênis (-7,29%), sandália/chinelo feminino (-6,91%), vestido (-5,57%) e camiseta masculina (-4,38%).

Inflação acumulada

A inflação acumulada nesses três primeiros meses de 2011, na cidade de Campo Grande, foi de 2,44% e a inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 6,56%, esta acima do limite superior da meta inflacionária estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que para o ano de 2011 é de 6,5%, sendo o centro da meta de 4,5% com uma tolerância de (± 2%).

Com isso, o CMN tem reajustado seguidamente a taxa Selic, que regula os juros da economia do país, com a finalidade de controlar a inflação, encarecendo o crédito e, consequentemente, diminuindo o consumo.

“Observa-se que o grupo Alimentação apresenta um comportamento normal para a época do ano, não vindo mais pressionando a inflação. Contrariamente, o grupo Transportes, com as altas dos combustíveis, principalmente do etanol, vem pressionando a inflação da cidade de Campo Grande. Felizmente, a colheita da cana-de-açúcar está iniciando em todo Brasil, e espera-se que os altos preços do etanol comecem a ceder, deixando de pressionar a inflação para cima, ou até favorecendo a sua queda”, avaliou o coordenador do (Nepes) Celso Correia de Souza.

Em relação à inflação acumulada neste ano de 2011, destacam-se os grupos Educação com 9,98%, Transportes 4,54%, Saúde 3,36% e Despesas Pessoais 2,68%, com índices acima da inflação acumulada deste ano, que foi de 2,44%. “Quanto à inflação acumulada nos últimos 12 meses, destacam-se os grupos Educação com 10,84%, Alimentação 8,60% e Saúde 7,24%, com índices acima da inflação acumulada em 12 meses, que foi de 6,56%”, finalizou o coordenador.

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