Quando o tema é energia renovável, o Brasil se mostra imbatível em relação aos demais países de economia forte: 44,1% de toda a sua geração de energia é baseada em fontes limpas, taxa mais de três vezes superior à média mundial, de 13,3%, informa a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), do Ministério de Minas e Energia.
No médio e longo prazos, segundo avaliação do economista e consultor em energia Eduardo José Bernini, é esperada uma participação ainda mais significativa das fontes renováveis na matriz energética brasileira, mesmo com o inexorável avanço das explorações de petróleo na camada pré-sal, que promete elevar a oferta nacional do energético fóssil dos atuais 2,2 milhões de barris/dia para 5,3 milhões de barris/dia em 2020.
"A despeito do pré-sal, o aumento de participação das energias renováveis é irreversível no Brasil", diz Bernini, ex-presidente Eletropaulo, hoje à frente da consultoria Tempo Giusto, de São Paulo.
Na sua visão, o Brasil tem como maior vantagem a grande disponibilidade de recursos naturais necessários para o aproveitamento de um leque variado de fontes limpas. "A começar pela enorme disposição de ventos, sobretudo no Nordeste e nas áreas de Chapadas do Brasil Central, não por acaso as regiões que abrigam os principais projetos eólicos do país", afirma ele, que ressalta o maior amadurecimento desse mercado nos últimos tempos. "Hoje, a energia eólica é uma fonte comercial e competitiva, que não depende mais de subsídios governamentais", afirma.
Segundo estudos da EPE, em 2011, a geração de energia eólica expandiu-se em 24% na comparação com 2010, totalizando 2,7 mil gigawatts-hora (Gwh). Nos últimos três anos, foram viabilizados, por meio de leilões de energia, 6.800 MW de eólicas, o que significa projetar para 2015 um crescimento do parque eólico brasileiro até 7,5 vezes superior à capacidade atual. Em 2012, a produção brasileira de energia eólica deve mais que dobrar em relação ao ano passado, alcançando 3.135 MW.
O alto nível de insolação é outra característica marcante do Brasil destacada pelo consultor. "Sem dúvida, depois da eólica, a próxima fronteira a ser explorada por aqui será a da energia solar, seja pela modalidade fotovoltaica, obtida pela conversão direta de luz do sol em eletricidade, seja pelo aproveitamento do sol por meio de processos termosolares, que consiste na transferência de calor para aquecimento de água e do ar", prevê.
Embora ainda incipiente no Brasil, com apenas 7 MW de capacidade instalada, estudos da EPE prevêem um salto significativo da energia solar, sobretudo a partir de 2013, quando começarão a sair do papel projetos envolvendo as instalações de painéis solares em estádios de futebol selecionados para abrigar os jogos da Copa do Mundo de 2014.
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