Mas o ex-santista adotou uma tática de calar as "chuteiras da humildade" que, se pareceu calculada do discurso de futebol solidário, foi de uma espontaneidade inesperada no momento de relatar a experiência dos primeiros dias na Catalunha.
"Ainda parece que estou vivendo um sonho. Cada vez que entro no vestiário olho para um lado e vejo Messi. Para o outro, Xavi e Iniesta. Só de estar aqui entre esses caras já é uma felicidade imensa", contou o jogador.
O nome do argentino eleito melhor jogador do mundo nos últimos quatro anos não foi onipresente na entrevista, mas quando surgiu encontrou respostas imediatas de Neymar girando em torno de sua admiração pelo "dono" do Barcelona e de sua disposição de trabalhar com e para ele.
"Nosso relacionamento é maravilhoso. Messi é uma grande pessoa. Conversamos todos os dias. Não vai haver problema. Ele é meu ídolo, o melhor do mundo, na minha opinião. Espero poder ajudá-lo".
Um dos poucos momentos em que Neymar adotou uma postura mais incisiva foi diante de uma pergunta sobre o que teria de mudar em seu jogo para se adaptar ao futebol europeu. A questão veio imediatamente após uma declaração do brasileiro de que não pretendia mudar muito de seu estilo para se encaixar no time blaugrana, e foi feita por um jornalista brasileiro.
"Não sei se você viu a Copa das Confederações. Fomos bem. Claro que vamos aprender muito aqui, mas a gente evolui em qualquer lugar do mundo", rebateu o atacante.
Neymar também minimizou a expectativa de mais botinadas da marcação europeia, reforçada pelas cinco faltas que recebeu em apenas 15 minutos em sua estreia pelo Barcelona, na terça-feira, na partida amistosa contra o Lechia Gdansk (Polônia). “No Brasil é pior, tem chegadas mais fortes. Estou acostumado’’, disse.
O ex-santista disse não ter conversado especificamente com o novo treinador do Barcelona, o argentino Tata Martino, sobre seu posicionamento em campo. Tampouco disse ter estranhado muito a mudança repentina no comando blaugrana – quando foi contratado, o treinador era Tito Vilanova, que há cerca de 15 dias foi forçado a renunciar em função da recorrência de um câncer.
"Estamos conversando todos os dias, mas ainda não entramos especificamente nesse assunto, sobre que função vou fazer e onde jogar. Mas trabalhar com um treinador estrangeiro será uma grande oportunidade para mim", disse.
Mas Neymar aos poucos foi se sentindo mais a vontade na sessão. E até se arriscou com uma tirada quando perguntado sobre que título considera mais importante em sua primeira temporada na Catalunha (o Barcelona disputará quatro troféus na temporada). "Todos", disse, com um sorriso em nada treinado ou ensaiado.Reportar Erro
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