Com pinta de favorita, a seleção brasileira pisa no gramado de Wembley, neste sábado, às 10h (horário de MS), sonhando, enfim, conquistar a inédita medalha de ouro olímpica. Neymar e companhia, entretanto, terão de superar um péssimo retrospecto diante do México em decisões. Nas cinco vezes em que enfrentou o rival em finais, o time canarinho perdeu quatro. Na única vez que não saiu derrotada, a Seleção dividiu o título dos Jogos Pan-Americanos, no longínquo ano de 1975, após a partida ser encerrada por falta de energia elétrica, quando estava empatada por 1 a 1. O jogo, curiosamente, aconteceu na Cidade do México.
Desde então, mesmo apontado como favorito em diversas oportunidades, o Brasil acumula fracassos contra os mexicanos. Perdeu duas Copas Ouro (1996 e 2003), uma Copa das Confederações (1999) e um Mundial sub-17 (2005).
Titular ao lado de Sávio do ataque brasileiro na derrota por 2 a 0 para o México, no Coliseum Stadium, em Los Angeles, na decisão da Copa Ouro de 1996, o comentarista da TV Globo, Caio Ribeiro, não enxerga um motivo especial para essa “freguesia”. No entanto, o ex-jogador de Flamengo e São Paulo destaca a evolução do futebol mexicano e elogia o trabalho de base feito no país.
- Uma razão não existe. O México tem um futebol de muita qualidade. É complicado pegar os números a frio, fora de contexto. Na última Copa América, eles já estavam preparando o time para as Olimpíadas. Perderam dois ou três jogos, nem passaram da primeira fase, mas foram amadurecendo e estão muito mais fortes hoje. Acho que o segredo do bom futebol do México está na base. Já foram campeões mundiais sub-17 (2005), revelaram recentemente jogadores como Giovani dos Santos e Chicharito (Hernandez). Quando se investe em qualidade, o resultado aparece. Se perdermos, não podemos procurar desculpas. O México está muito forte e, há algum tempo, o Brasil deixou de ter a melhor seleção do mundo.
Sobre a derrota em 1996, Caio se lembrou das dificuldades que a Seleção – então comandada por Zagallo – enfrentou em Los Angeles.
- Foi um jogo atípico. Entramos com a seleção pré-olímpica, que, apesar de ter muita qualidade, era bem mais jovem, já que eles estavam com o time principal. Nossa equipe era muito técnica e leve e, no dia da decisão, choveu quase que torrencialmente. A partida quase foi cancelada. Então não teve muito jogo, pois o gramado estava pesado e escorregadio. Foi um jogo mais físico, não querendo tirar o mérito do México, que também poderia ter nos vencido em situações normais. Chegamos à decisão com 100% de aproveitamento e jogando muito bem. Estávamos superanimados e ficamos chateados, pois não conseguimos jogar – recordou Caio.
Quem também estava naquele jogo foi o meia Beto, que fez sucesso no futebol carioca na década de 90. A recordação mais dolorosa do México para o ex-jogador, que atuou nos quatro grandes do Rio de Janeiro, no entanto, é a da final da Copa das Confederações de 1999. Na ocasião, a Seleção foi derrotada por 4 a 3, no Estádio Azteca, na Cidade do México. Beto foi a surpresa de Vanderlei Luxemburgo e começou a decisão como titular. Porém, com o Brasil atrás no placar, ele foi substituído pelo ex-atacante Roni, no intervalo.
- Lembro bem desse jogo. Eu até fui titular. Entrei jogando com o Luxemburgo, mas saí no intervalo. Eles saíram na frente, conseguimos empatar, mas eles venceram no fim. Foi um grande jogo, mas muito difícil. Aquele time do México era muito bom.
A partida, realmente, foi emocionante e repleta de alternativas. O México logo abriu 2 a 0 com gols de Zepeda e Abundis. Na segunda etapa, Luxemburgo colocou o time para frente e o Brasil empatou com Serginho e Roni. A igualdade durou pouco, e o México voltou a marcar dois gols (Zepeda e Blanco) em falhas da defesa brasileira e do goleiro Dida. No fim, Zé Roberto ainda descontou, mas os mexicanos venceram por 4 a 3 e conquistaram a Copa das Confederações.
- Aquele jogo foi complicado. Nosso time saiu atrás e nada estava dando certo. Quando nós conseguimos equilibrar e fazer um gol, tomamos outro contra-ataque. Nós pecamos na marcação. O Blanco fez e ficou difícil – disse Odvan, titular da zaga brasileira naquela final.
Via G1
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