A Universidade de São Paulo (USP), de São Carlos, interior paulista, rebateu a Concessionária Energisa que entrou com um pedido de liminar na Justiça para suspender a perícia de 200 relógios que seria realizada a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a empresa, instaurada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) no dia 12 de novembro de 2019.
Segundo a Energisa, foi protocolado um requerimento pedindo esclarecimentos formalizados à CPI com a confirmação do credenciamento dos laboratórios da USP ao Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) e quais procedimentos técnicos seriam adotados na aferição dos relógios medidores de energia.
A Energisa ainda afirmou em nota que buscou coletar informações acerca da acreditação dos laboratórios da USP São Carlos perante o Inmetro, porém não teve sucesso e deu como inválida a perícia feita pela universidade,e logo depois entrou na Justiça para suspender a perícia.
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, deferiu a liminar para a Energisa, suspendendo a perícia de 200 medidores de consumo que seriam realizados no Departamento de Engenharia da USP de São Carlos.
Porém, conforme apresentado pela universidade, um extrato de parceria foi firmado entre o Instituto de Física de São Carlos (IFSC), a Escola de engenharia de São Carlos (EESC), o Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da Universidade de São Paulo à rede de Laboratórios Associados ao Inmetro para Inovação e Competitividade.
O extrato de parceria foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) no dia 17 de julho de 2019, e deve durar cinco anos, como mostra o anexo:

O presidente da CPI na Assembleia, deputado Felipe Orro, afirmou seu comprometimento com a investigação e que pretende dar continuidade as perícias. “A USP já se posicionou contrapondo a informação da Energisa de que seu laboratório é desacreditado pelo Inmetro. Fomos intimados da liminar que suspende a perícia de 200 relógios e vamos recorrer com base na certificação da USP”, afirmou Orro.
Versão da Energisa
O JD1 Notícias procurou a Concessionária Energisa para saber seu posicionamento, ante a afirmação da USP de São Carlos, de que seus laboratórios são acreditados pelo Inmetro.
Conforme a nota, a empresa reafirma que não é contra a perícia, mas que “não foi comprovado nem pela USP São Carlos nem pela CPI que o laboratório é acreditado no Inmetro”, o que segundo a Energisa, significa que a instituição não segue padrões definidos pelo respectivo órgão.
De acordo com a concessionária de energia de Mato Grosso do Sul, sem essa clareza, os testes apresentados podem ser inconclusivos, o que representaria um “desperdício de recurso público”.
Enfim, a empresa alega que tais informações solicitadas por ela à CPI são estritamente necessárias para garantir que o processo seja transparente.
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CPI da Energisa deve periciar 200 relógios medidores de energia (Sarah Chaves)



