A Prefeitura de Bonito e o Ministério Público Estadual (MPE) firmaram um acordo ratificado na quinta-feira (19), pela juíza Adriana Lampert, da 1ª Vara Civil, em que institui o toque de recolher na cidade, da 00h às 5h da manhã, até o dia 18 de dezembro, e a proibição de consumo de bebidas alcóolicas e narguilé em vias públicas
As medidas, resultado de uma ação pública do promotor Alexandre Estuqui Junior, devem ampliar as medidas de biossegurança para prevenção e enfrentamento do coronavírus no município e impedir aglomerações de pessoas no perímetro central de Bonito, ocorridas principalmente nos períodos de feriados prolongados.
A decisão judicial não interfere nos serviços do turismo, os quais cumprem todas as medidas rigorosas de biossegurança adotadas na retomada da atividade.
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Diferente do que foi levantado por internautas, a medida não é referente a um lockdown, pedida pelo Ministério Público, conforme desmentiu o promotor Alexandre Estuqui. “Não é nosso propósito fechar a cidade ou os atrativos turísticos e as atividades comerciais, que vêm cumprindo com todos os protocolos de biossegurança. Não temos nenhuma denúncia de descumprimento por esses segmentos”, afirmou o promotor. “A promotoria requereu à prefeitura uma maior fiscalização para coibir as aglomerações de pessoas nas vias públicas, visando a adoção de medidas de segurança também nesses espaços”, completou.
O Instituto de Desenvolvimento de Bonito (IDB), que agrega diversos setores da atividade, se pronunciou a favor da instauração do toque de recolher e cobrou das autoridades a retomada das barreiras sanitárias e vigilância, fiscalização e cumprimento das medidas de prevenção em relação ao uso de máscaras e outros equipamentos de segurança. “Nenhum outro destino nacional e internacional se mobilizou de forma tão ampla e incisiva quanto Bonito no combate à covid 19”, diz a nota, assinada pelo presidente da entidade, empresário Guilherme Poli. “O IDB compartilha com o promotor as preocupações a respeito das aglomerações nos feriados de 7 de setembro e 12 de outubro, e, mais do que isso, tem-se empenhado junto às autoridades públicas para que impeça as aglomerações em vias públicas”, pontua.
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